Emmanuel Macron já apelou à calma. Serão cerca de 5 mil pessoas e 3 mil veículos que contam chegar à capital francesa neste fim de semana e já estão em marcha nas estradas, vindos de todos os cantos do país. O movimento Comboio da Liberdade chega assim à Europa, depois de ter tido início no Canadá, onde os contestatários das medidas para conter a pandemia de Covid-19 bloquearam estradas e uma das principais ligações aos Estados Unidos.

Em declarações à Ouest France, o Presidente francês disse “ouvir e respeitar” o cansaço e a raiva dos cidadãos relacionadas com a pandemia, mas pediu calma a todos.

Protesto “Comboio da Liberdade” pode chegar à Europa este fim de semana. Resposta será “extremamente forte”, garante ministro francês

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A manifestação foi proibida pelas autoridades francesas e a imprensa do país dá conta de que um forte dispositivo policial está a ser enviado para Paris para impedir a passagem do Comboio da Liberdade. Os infratores incorrem em seis meses de prisão e multa de até 7.500 euros.

France's Motorists Inspired By Ottowa 'Freedom Convoy' Protest Defy Ban To Converge In Paris

Serão cerca de 5 mil pessoas e 3 mil veículos que contam chegar à capital francesa neste fim de semana

Em declarações à AFP, um dos organizadores do movimento disse que esta será uma ação de “escala fenomenal”, embora não tenha entrado em detalhes sobre os números.

No Twitter, a conta oficial do movimento tem sido alimentada com vários vídeos dos manifestantes, à medida que os quilómetros que os separam de Paris se tornam mais curtos.

Mas nem só de franceses vive este comboio. O objetivo seguinte, depois de Paris, é chegar a Bruxelas a 14 de fevereiro, com manifestantes a vir de várias cidades europeias. No Twitter, na mesma conta do movimento, há imagens de veículos portugueses que, alegadamente, vão juntar-se com o comboio espanhol.

O movimento Comboio da Liberdade nasceu no final de janeiro no Canadá como forma de protesto contra a decisão das autoridades canadianas de exigirem que os camionistas fossem vacinados contra a Covid para atravessar a fronteira com os Estados Unidos. Acabou por transformar-se numa onda mais global, contra as medidas para conter a propagação da pandemia.