A vacinação obrigatória na Áustria não surtiu o efeito desejado pelas autoridades e, segundo o jornal Kronen Zeitung, acabou até por funcionar de forma contrária, com menos pessoas a recorrerem à vacinação desde que a lei foi aprovada pelo parlamento.

A Áustria foi o primeiro país da Europa a tornar a vacinação contra a Covid-19 obrigatória para adultos, um processo que se iniciou em fevereiro, e os dados revelados pelo jornal revelam no dia 6 e no dia 12 deste mês foi observada uma redução significativa do número de pessoas vacinadas.

Peter Hacker, oficial de saúde pública em Viena, explicou ao jornal que a opção de obrigatoriedade “não resultou numa boa estratégia e o objetivo não foi cumprido”, pelo que, admitiu, “não se espera uma corrida à vacinação nas próximas semanas”.

Áustria é o primeiro país da UE a adotar vacinação obrigatória

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No passado dia 20 de janeiro, o parlamento da Áustria aprovou uma lei sobre a vacinação obrigatória para todos os adultos, tornando-se o primeiro país da União Europeia (UE) a tomar essa medida para combater a pandemia de Covid-19, apesar da violenta contestação popular.

O diploma, anunciado em novembro para impulsionar uma vacilante campanha de vacinação, foi aprovado por uma larga maioria (137 votos a favor e 33 contra, num total de 183 assentos parlamentares) e a medida entrará em vigor a 4 de fevereiro.

“A vacinação é a oportunidade da nossa sociedade para alcançar uma liberdade duradoura e contínua, sem que o vírus nos limite”, declarou o chanceler conservador, Karl Nehammer, à imprensa, antes da abertura da sessão. É “um assunto que está no centro de um debate muito intenso e acalorado”, reconheceu.