A veterana velocista nigeriana Blessing Okagbare foi suspensa por 10 anos, cinco por usar diversas substâncias proibidas e outros tantos por não cooperar numa investigação das autoridades antidoping, anunciou esta sexta-feira a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU).
A atleta africana de 33 anos tinha sido suspensa provisoriamente e excluída dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 – estava apurada para as meias-finais dos 100 metros – em 31 de julho devido à utilização de uma hormona de crescimento, detetada no controlo fora de competição realizado em 19 do mesmo mês.
No início de outubro de 2021, já após os Jogos, a nigeriana foi novamente apanhada nas malhas do doping, neste caso por testar positivo para EPO.
“O sistema desportivo da Nigéria tem falhas e nós, os atletas, somos vítimas colaterais”, lamentou, após a sua suspensão, na rede social Twitter Okagbare, que faz parte de um grupo de altíssimo nível radicado na Florida e treinado pelo norte-americano Rana Reider.
I have said it before and I will say it again. If you do not know the sport, not passionate about it/Us (the athletes), then you have no business there as an administrator. The sport system in Nigeria is so flaw and we athletes, are always at the receiving end of the damages..
— Blessing Okagbare MFR (@mountain214) July 29, 2021
Okagbare, que foi vice-campeã olímpica do salto em comprimento em Pequim2008, foi a primeira atleta declarada positiva durante o período em que decorreu os Jogos Olímpicos Tóquio2020.