Milhares de pessoas estiveram este sábado nas ruas de Porto, Coimbra e Lisboa para manifestarem solidariedade com a Ucrânia e apelarem ao fim da agressão russa àquele país. Na capital, a concentração de apoio à Ucrânia que juntou cerca de quatro mil pessoas junto embaixada da Rússia, em Lisboa, pelas estimativas da polícia, desmobilizou cerca das 17h30 rumo à praça Marquês de Pombal.

A concentração promovida por algumas juventudes partidárias e partidos começou cerca das 15h00 e foi juntando ao longo da tarde milhares de pessoas, portugueses e ucranianos maioritariamente, que pediram o fim da invasão russa e a paz na Ucrânia.

O forte dispositivo policial acompanhou ao longo de toda a tarde os manifestantes que foram entoando os hinos ucraniano e português e várias palavras de ordem, nas quais o Presidente russo, Vladimir Putin, foi o principal visado.

Entre os políticos presentes em frente à embaixada russa a manifestar o seu apoio à Ucrânia destacou-se a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, o presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, o deputado eleito do Livre, Rui Tavares, e a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, bem como os líderes das juventudes partidárias que organizaram o encontro.

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“Pela paz, contra a invasão” foi lema da manifestação realizada “em profunda condenação da invasão militar” contra a Ucrânia. Sendo a Ucrânia um Estado “livre, soberano e independente”, a invasão em curso é “um ato ilegal, ilegítimo e imoral”, segundo a organização, que considera que a ofensiva militar russa em curso coloca sob “ameaça não só a segurança de todos os ucranianos, como também a soberania e integridade territorial da Ucrânia e a vontade do seu povo, expressa em eleições democráticas”.

Ventura faz manifestação alternativa

À margem desta manifestação de apoio à Ucrânia, André Ventura organizou uma outra mobilização pela paz, queixando-se de ter sido vítima de uma “exclusão deliberada” por parte dos restantes partidos.

“Fomos apanhados de surpresa com a exclusão deliberada que os outros partidos parlamentares quiseram fazer, e portanto o que lhe posso dizer é que mobilizámo-nos o mais possível, quer a Juventude Chega, quer o partido, e esperamos também muita gente da sociedade civil”, disse à Lusa André Ventura.

Já na rua, em frente à embaixada da Ucrânia em Lisboa, o líder do Chega voltaram a queixar-se dos restantes partidos e deixou uma crítica direta ao PCP. “É muito triste continuar a ter partidos em Portugal que preferem vender-se aos valores dos invasores.”

O mundo ao lado da Ucrânia

No resto do mundo, centenas de milhares de pessoas saíram à rua para condenarem a invasão russa e para se solidarizarem com o povo ucraniano.

Em Berlim, Tettnang, Hamburgo, Banguecoque, Madrid, Atenas, Milão, Istambul, Baku ou Japão, foram muitas as pessoas que quiserem prestar a sua homenagem ao esforço ucraniano.