Pelo menos 11 pessoas morreram e centenas ficaram feridas esta segunda-feira num ataque de mísseis russos em bairros residenciais em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, informou o Governo ucraniano.
“Kharkiv. Um ataque impiedoso e sem sentido a um bairro residencial com mísseis! Cadáveres nas ruas”, escreveu Anton Guerashenko, assessor do Ministério do Interior da Ucrânia, no serviço de mensagens Telegram, onde divulgou vídeos com imagens do ataque.
“O inimigo russo está a bombardear áreas residenciais”, informou também Oleg Sinegubov, governador regional em Kharkiv, adiantando que dado os bombardeamentos ainda estarem “em curso”, os serviços de resgate não podem ser chamados.
Num dos vídeos que circula nas redes sociais, podem ver-se corpos das vítimas mortais e dos feridos nas ruas dos bairros.
Num outro, com duração de 30 segundos, surgem imagens de cerca de 15 mísseis a atingir um setor da cidade, localizada no nordeste da Ucrânia.
????The Moscow Stock Exchange has suspended morning and evening trading until March 5, the government has announced, as the Russian economy enters freefall due to Western sanctionshttps://t.co/BdAD9NBJg1
— The Telegraph (@Telegraph) February 28, 2022
O ataque ocorre no momento em que, no outro extremo do país, na fronteira ucraniana-bielorrussa, delegações da Ucrânia e da Rússia estão reunidas para negociar pela primeira vez desde que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, na passada quinta-feira.
A ofensiva da Rússia na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos de alvos em várias cidades, já matou mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.