O presidente da câmara municipal de Kharkiv, Oleh Synegubov, disse na manhã desta quarta-feira que 21 pessoas morreram e 112 ficaram feridas na sequência do forte ataque levado a cabo pelas forças russas durante a noite contra a segunda maior cidade da Ucrânia.

Num balanço publicado esta manhã no Facebook, Sinehubov explicou que Kharkiv esteve sob ataque dos russos durante todo o dia de terça-feira, mas as forças ucranianas repeliram todos os ataques e continuam a controlar a cidade.

Oleh Sinehubov sublinhou ainda que as forças russas também sofreram perdas significativas, incluindo de aviões.

O ataque atingiu a sede da administração local e a praça central de Kharkiv estava repleta de destroços, com uma viatura totalmente destruída, segundo um fotógrafo da agência AFP no local.

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As imagens do ataque ao centro de Kharkiv que fez pelo menos 10 mortos

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou um “crime de guerra”. A Rússia nega ter atingido alvos não militares.

Cerca de 1,4 milhões de habitantes vivem habitualmente em Kharkiv, uma cidade largamente russófona na fronteira com a Rússia, já atingida pelas forças russas, que invadiram a Ucrânia a 24 de fevereiro por ordem do Presidente russo, Vladimir Putin.

As autoridades locais disseram que repeliram na segunda-feira um “avanço” das tropas terrestres russas.

A ofensiva militar russa na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, já matou mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev.

A ONU deu conta de um milhão de deslocados no interior da Ucrânia e mais de 660.000 refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.