Os Estados Unidos vão impor sanções económicas “devastadoras” contra a Bielorrússia e à indústria de defesa da Rússia, na sequência das medidas já adotadas após a invasão russa da Ucrânia, divulgou esta quarta-feira a Casa Branca em comunicado.

As sanções, anunciadas esta quarta-feira pela Casa Branca, aplicam-se a 22 entidades ligadas ao setor de Defesa russo e impõem ainda restrições às exportações de tecnologia que possam apoiar a capacidade da Rússia em refinar petróleo.

Washington identificou em particular “22 entidades russas” do complexo industrial militar do país que fabrica aeronaves, veículos de infantaria, mísseis e “drones”. Os ativos destas entidades nos Estados Unidos ficarão congelados e serão banidas de todas as transações com empresas ou pessoas norte-americanas.

A Casa Branca também decidiu interromper as exportações para a Rússia de equipamento e tecnologia necessários para a indústria petrolífera, uma forma de atacar a principal fonte de rendimento do regime liderado por Vladimir Putin.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O Departamento do Comércio dos EUA estendeu ainda à Bielorrússia os controlos nas exportações impostos à Rússia, para “degradar significativamente” a capacidade de Minsk em apoiar a invasão russa à Ucrânia.

Os Estados Unidos vão impor a Minsk as mesmas “duras medidas de controlo de exportação” já infligidas contra a Rússia após a invasão da Ucrânia, detalhou o executivo norte-americano.

Washington passará a impor uma “proibição quase total” da venda de equipamentos ao Exército bielorrusso.

Esta medida deve impedir que Moscovo contorne as sanções contra a Rússia, movimentando armamento e equipamento de Defesa pela Bielorrússia, lembrou a Casa Branca.

O governo norte-americano voltou a enfatizar que as medidas estão a ser tomadas em estreita coordenação com os aliados dos Estados Unidos.

A União Europeia, por exemplo, também anunciou esta quarta-feira novas sanções económicas contra Minsk, acrescentando 22 oficiais superiores das forças armadas bielorrussas à lista de individualidades alvo de sanções pelo seu apoio à invasão russa da Ucrânia, anunciou o Conselho.

Em 24 de fevereiro passado, 20 membros das forças armadas bielorrussas já haviam sido incluídos na lista no mesmo contexto, apontando o Conselho que, com os 22 oficiais também da Bielorrússia acrescentados esta quarta-feira, a lista de pessoas singulares e coletivas alvo de sanções — designadamente congelamento de ativos e proibição de viajar para ou pela UE — no quadro da agressão militar russa à Ucrânia ascende já a 702 indivíduos e 53 entidades.