O governo da Geórgia anunciou que vai apresentar o pedido formal de adesão à União Europeia (UE) esta quinta-feira. O país do Cáucaso junta-se assim à Ucrânia, que na segunda-feira assinou o documento para aderir à organização. Na sua conta pessoal do Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros georgiano, David Zalkaliani, descreveu este passo como o “mais corajoso no caminho da integração na UE”.

Em entrevista ao Financial Times, a Presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, disse que a invasão da Rússia à Ucrânia criou uma “janela de oportunidade” para a UE permitir que países vizinhos adiram à organização: “Não precisamos de dar [a Putin] a ideia de que há pontos fracos que não são defendidos por ninguém”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“A União Europeia deve encontrar uma maneira para corresponder à nossa longa espera. Nós somos parte da família”, salientou Salome Zourabichvili.

O presidente do partido Sonho Georgiano, Irakli Kobakhidze, anunciou em conferência de imprensa a decisão da Geórgia “de fazer imediatamente o ato de candidatura para a entrada na União Europeia (UE)”, acrescentando que Tbilisi pediu a Bruxelas uma consideração “urgente” sobre a candidatura e que conferisse à ex-república soviética o estatuto de país candidato à adesão no bloco comunitário.

O governo de Tbilisi tinha manifestado no ano passado a sua intenção de se candidatar ao bloco comunitário em 2024. Tal como a Ucrânia, a Geórgia assinou um acordo de associação com a UE, mas que não oferece nenhuma garantia de maior integração.

De recordar que a Rússia e a Geórgia envolveram-se num conflito armado, em 2008, e os dois países mantêm uma disputa territorial nas regiões da Ossétia do Sul e da Abecásia.