Volodymyr Zelensky adiantou que as negociações com a Rússia para um cessar-fogo, que serão retomadas esta terça-feira, estão “a correr bem”. “Vamos ver”, disse o Presidente ucraniano, acrescentando que os soldados russos estão a viver um “pesadelo” na Ucrânia. “O inimigo está confuso, eles não esperavam tamanha resistência. Eles acreditavam na sua propaganda, que lhes mentiu durante décadas”, afirmou.

Num discurso ao país na noite desta segunda-feira, o chefe de Estado sinalizou que as forças armadas russas não “vão conseguir nada com a guerra”, estando já muitos soldados “a desertar”. “Eles abandonam o campo de batalha, o equipamento”, relatou, frisando que a Rússia se tornou “um dos fornecedores do equipamento” das milícias ucranianas.

Dirigindo-se aos soldados russos, Volodymyr Zelensky disse que eles vão “tirar vidas”, mas a “sua também será tirada”. “Para quê é que vão morrer? Para quê? Eu sei que vocês querem sobreviver”, referiu, concendo-lhes uma “oferta”. “Em nome do povo ucraniano, dou-vos uma oportunidade. Uma oportunidade de sobreviver. Se se renderem, nós tratar-vos-emos da maneira como as pessoas devem ser tratadas.”

“Em 19 dias, as forças armadas russas perderam mais na Ucrânia do que em duas guerras sangrentas que duraram anos na Chechénia”, reforçou o Presidente ucraniano.

No que diz respeito ao novo pacote de sanções União Europeia, Volodymyr Zelensky saúdou a decisão, salientando que “seguramente não será o único”. “Estamos a trabalhar com os nossos parceiros em novas restrições que serão aplicadas à Rússia”, indicou, garantindo que a “responsabilidade por crimes de guerra é inevitável”. “A responsabilidade de uma catástrofe humanitária deliberada nas cidades ucranianas será inevitável.”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR