A Eslovénia decidiu esta segunda-feira reabrir a sua representação diplomática em Kiev, depois de a ter encerrado devido à invasão da Rússia, e pediu aos demais países da União Europeia (UE) que façam o mesmo.
“A Eslovénia enviará o seu representante diplomático e a sua equipa para Kiev na próxima semana. Todos são voluntários. Tentamos fazer com que a UE faça o mesmo. A Ucrânia precisa de apoio diplomático direto para que a agressão termine o mais rápido possível e a paz seja alcançada”, declarou o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa.
O embaixador esloveno em Kiev, Tomaz Mencin, deixou Kiev quando começaram os ataques contra a capital ucraniana, assim como a maioria dos representantes de outros países europeus.
Jansa, que visitou Kiev na terça-feira passada com os seus homólogos polaco e checo, disse à televisão pública eslovena, no seu regresso da Ucrânia, que apenas os embaixadores da Polónia e do Vaticano permaneceram na capital ucraniana e que os ucranianos se sentiam abandonados.
“Se em todo o corpo diplomático da UE não há ninguém tão corajoso como o embaixador do Vaticano, então, não merecemos ter diplomacia“, comentou Jansa, dizendo que isso também se aplica à diplomacia eslovena.
O primeiro-ministro esloveno insistiu que a diplomacia existe para “resolver situações, oferecer a possibilidade de negociação mesmo em meio a ataques, não para caminhar entre banquetes”.