Quem é Denis Prokopenko? O líder da Chechénia e íntimo de líder Vladimir Putin oferece meio milhão de dólares a quem o capturar vivo ou morto, segundo o El Mundo. Para uns, Prokopenko é um herói da resistência ucraniana, para outros, o inimigo número um do Kremlin. O nome evoca várias facetas, o “guardião” de Mariupol, o ultra da claque do Dínamo de Kiev, ou o extremista e comandante do Batalhão Azov.
É hoje um homem sem passado. Segundo aponta o El mundo, o seu nome desapareceu dos sites ucranianos, como se nunca tivesse existido. Ficam assom esquecidos os anos para trás, mas também a suspeita de ligação aos neo-nazis, que poderia prejudicar a causa ucraniana.
Prokopenko está atualmente encurralado em Mariupol, cidade que continua cercada pelas tropas russas. Sem possibilidade de reforços, a sua vida corre risco caso tente comunicar com o exterior. Mas este não é o seu batismo de guerra nem a primeira vez que defronta os russos. Em 2014, alistou-se para defender o seu país na guerra em Donbass e no outono desse ano juntou-se à Guarda Nacional.
Não é só como defensor da Ucrânia que Prokopenko é lembrado. Foi um dos líderes dos ultras do Dínamo de Kiev, um grupo de adeptos conhecido pelo apoio à equipa de futebol ucraniana, por vezes ao ponto de praticar atos de violência.
“Estamos incrivelmente orgulhosos do Denis e de todo o regimento que corajosamente defende as nossas cidades. Glória aos heróis da Ucrânia”, pode ler-se numa publicação dos ultras do Dínamo de Kiev no Instagram.
Prokopenko é também um dos fundadores do Batalhão Azov, uma milícia ultra-nacional na Ucrânia, fundada em 2014. Este é um dos mais ferozes batalhões de voluntários ucranianos que foram integrados no exército oficial de Kiev para combater as forças russas.
Há alguns dias, o comandante do regimento gravou um vídeo publicado no YouTube, ao 12.º dia do cerco a Mariupol. O som de duas explosões pode ouvir-se por trás enquanto Prokopenko , armado e de capacete, dá conta da falta de água, comida, bem como eletricidade e gás na cidade.
“Os nossos soldados lutam com bravura e agora dirigimo-nos a todo o mundo e às associações humanitárias para que cumpram a sua missão”, afirma no vídeo. “Precisamos de parar o agressor juntos, salvando Mariupol e salvando a Ucrânia. Glória à Ucrânia!”, acrescenta.