A Fundação em Memória de Buchenwald e Mittelbau-Dora, que preside às cerimónias da libertação dos campos de concentração nazis com o mesmo nome, afirmou que não convidou os representantes oficiais da Rússia e da Bielorrússia para o evento que se realizará no próximo mês, a 10 de abril, e irá marcar o 77.º do fim da II Grande Guerra.

“Representantes oficiais da Rússia e da Bielorrússia não são bem-vindos nas cerimónias deste ano”, disse a Fundação em Memória de Buchenwald e Mittelbau-Dora em comunicado, como citado pelo The Guardian, acrescentando que as embaixadas dos dois países em Berlim foram informadas da decisão.

Segundo a fundação, por detrás da retirada do convite está a morte de Boris Romantschenko, um sobrevivente do holocausto que morreu em Kharkiv, na Ucrânia, na sequência de um bombardeamento russo.

Sobrevivente do Holocausto com 96 anos morre na Ucrânia na sequência de um bombardeamento

Na cerimónia a 10 de abril haverá uma homenagem especial a Romantschenko, prisioneiro em quatro campos nazis diferentes durante a II Guerra Mundial e que foi vice-presidente para a Ucrânia do comité internacional Buchenwald-Dora.

Segundo a fundação, em vez de figuras oficiais da Rússia e da Bielorrússia, vão ser convidados representantes da “sociedade civil” da Ucrânia e da Rússia para prestar homenagem às vítimas do campo de concentração (Buchenwald) que também foi utilizado pela União Soviética. Quinze sobreviventes da Alemanha, Canadá, França, Israel, Polónia, Roménia, Suíça, Hungria e Estados Unidos deverão também participar no evento.

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