A Stellantis irá começar a construir os seus modelos eléctricos sobre plataformas específicas, para assim maximizar não só a dimensão interior, para o mesmo comprimento exterior, como também para elevar a eficiência energética dos seus veículos alimentados exclusivamente a bateria. A novidade é que a francesa DS e a alemã Opel vão construir os seus próximos topos de gama eléctricos em Itália e sobre a plataforma STLA Medium.
De acordo com o Auto News, o primeiro destes modelos eléctricos a ver a luz do dia será aquele que é de momento conhecido internamente como D85, que deverá assumir a denominação DS9 Crossback quando chegar ao mercado, em 2024. Exibirá formas próximas do Citroën C5 X, explorando o conceito entre os SUV e as carrinhas.
O segundo modelo eléctrico da Stellantis, sobre a mesma plataforma, será o Opel com nome de código OV85, destinado a assumir a posição do Insignia a bateria na gama da marca alemã. Estará disponível para entrega a clientes em 2025. E, ao que tudo indica, irá partilhar a base, as motorizações e os packs de baterias do DS D85.
Quer o modelo francês, quer o alemão serão produzidos em Itália, na fábrica de Melfi, que será completamente renovada para poder acolher a produção de veículos eléctricos.
A STLA Medium permite dar origem a modelos dos segmentos D e E, com comprimentos entre 4,3 e 5 metros e tanto pode ser adaptada a berlinas, mais baixas, como a SUV, substancialmente mais altos e volumosos. A Stellantis prevê packs de baterias com capacidades entre 87 kWh e 104 kWh, das mais generosas do mercado, o que é compatível com as autonomias anunciadas de até 700 km em WLTP.
Aos já mencionados DS e Opel eléctricos, Melfi vai juntar a produção de dois outros veículos eléctricos, especificamente o sucessor do DS7 Crossback, internamente denominado D74, bem como o Lancia L74, que deverá dar origem ao futuro Aurelia. Melfi, que também incluirá uma linha de montagem de packs de baterias, com células não produzidas no local, produzirá 90.000 unidades por ano destes quatro eléctricos. Para atingir o máximo da produção instalada, que aponta para as 400.000 unidades/ano, terá que acolher outros modelos, idealmente construídos sobre a STLA Medium, para maximizar sinergias e a eficiência da fábrica.