Podia ser uma piada de dia 1 de abril, mas não é.
Um grupo de cientistas da Universidade Chinesa de Hong Kong desenvolveu uma substância viscosa magnética que poderá, no futuro, ser utilizada para aplicações médicas, como a retirada de objetos externos ao corpo do sistema digestivo. Além disso, as partículas magnéticas que compõem a substância conferem-lhe a característica de ser um bom condutor elétrico.
A investigação foi publicada no dia 25 de março na revista científica Advanced Functional Materials. Li Zhang, professora na Universidade Chinesa de Hong Kong e coautora da investigação, explicou ao The Guardian que “o objetivo final é utilizá-la como um robô“, mas que, por enquanto, era necessário aprimorar a capacidade de autonomia da substância.
Ainda assim, consideramo-la como uma pesquisa fundamental, a tentativa de perceber as propriedades dos seus componentes”, esclareceu a professora, que disse que a substância tem “propriedades elásticas”, o que significa que “às vezes comporta-se como um sólido, e outras vezes comporta-se como um líquido”.
Embora ainda não existam planos concretos para testes médicos com a nova substância, a equipa de cientistas acredita que esta possa ser utilizada, por exemplo, para proteger o organismo humano caso seja engolida uma pilha ou bateria, uma vez que a substância viscosa pode ser utilizada para impedir que “eletrólitos tóxicos vazem” para o organismo, utilizando o robô viscoso como uma espécie de cápsula.
A própria substância, contudo, teve de ter as suas partículas cobertas com sílica, uma vez que as partículas magnéticas do robô são elas próprias tóxicas para o corpo humano.