Elon Musk, o patrão da Tesla e um dos homens mais ricos do mundo, vai entrar na administração do Twitter, depois de ter revelado esta segunda-feira que acumulou uma participação acionista de 9,2% na rede social.

O patrão da Tesla iniciará um mandato que dura até 2024 e enquanto desempenhar funções no conselho de administração estará proibido de deter mais do que 14,9% das ações da empresa, avança o Wall Street Journal.

O CEO do Twitter, Parag Agrawal, garante que durante conversas com Elon Musk ao longo das últimas semanas percebeu que o multimilionário traria “grande valor” para o conselho de administração. O patrão da Tesla é também descrito como um “apaixonado” e um “crítico” da rede social.

Em resposta a Parag Agrawal, Elon Musk garantiu que espera ajudar a rede social a ter “melhorias significativas nos próximos meses”. A notícia de que o multimilionário vai entrar na administração fez com que as ações do Twitter subissem 3,3% esta terça-feira, informa o MarketWatch.

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Na segunda-feira, quando foi tornado público que Elon Musk tinha comprado uma participação de 9,2% no capital da rede social, as ações do Twitter dispararam mais de 27%.

Elon Musk, patrão da Tesla, revela que comprou 9,2% da rede social Twitter

Com Elon Musk, o Twitter ficará com 12 membros no conselho da administração. O antigo CEO da rede social Jack Dorsey deu as boas-vindas ao empresário escrevendo que o mesmo se preocupa “profundamente” com o papel do Twitter “no mundo”.

A compra de uma participação no Twitter terá sido feita por Musk a 14 de março, sendo que, a lei dos Estados Unidos exige a divulgação da compra ao regulador do mercado de capitais norte-americano (a Securities and Exchange Commission) nos 10 dias seguintes à aquisição de 5% de uma empresa. Ou seja, o bilionário deveria ter informado da aquisição até ao dia 24 de março.

“Ele adquiriu (uma participação no Twitter) e não notificou em 10 dias. É uma violação (da lei)”, garante Adam C. Pritchard, professor de Direito da universidade de Michigan, que é citado pela agência Reuters.

Depois de anunciar a compra da participação, Elon Musk recorreu à rede social para questionar os seus seguidores sobre um possível interesse num botão que permitisse editar tweets já partilhados. Até ao momento, 73% dos mais de 80 milhões de seguidores do empresário mostram-se a favor da funcionalidade.

O botão de editar tem sido muito pedido pelos utilizadores do Twitter, praticamente desde a criação da rede social. A empresa tem-se recusado a implementar a funcionalidade, mas Parag Agrawal partilhou a votação e disse que “as consequências” da mesma “serão importantes“.

Em 25 de março, Elon Musk já tinha questionado os seus seguidores se acreditavam que o Twitter aderia “rigorosamente” à liberdade de expressão. Um dia depois e com 70,4% dos inquiridos a responderem “não”, o bilionário afirmava estar a “pensar seriamente” em criar uma nova rede social.