As autoridades da região de Kiev indicaram esta terça-feira que já contabilizaram 400 civis mortos em Bucha, onde se verificaram massacres, revelados após a retirada das tropas russas daquela cidade e de outras localidades nos arredores da capital da Ucrânia.
O balanço é ainda provisório, indicaram as autoridades ucranianas citadas no portal Ukrinform, recordando a denúncia da Provedora de Justiça, Ludmilla Denosova, segundo a qual soldados russos dispararam sem critério e torturaram até à morte adultos e crianças.
Estima-se que, pelo menos, dez menores estejam entre as vítimas dos massacres de Bucha.
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Várias centenas de corpos de civis, segundo as autoridades ucranianas, foram encontrados nos últimos dias em cidades ao redor de Kiev, incluindo Bucha e Irpin, depois de as tropas russas se terem retirado da região no final de março.
Desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, pelo menos 186 crianças morreram em todo o país em resultado da guerra, segundo dados da Procuradoria-Geral da Ucrânia.
Esta terça-feira, a Procuradoria informou que foram encontrados os corpos de seis pessoas mortas a tiro numa cave, na localidade de Shevchenkovo, nos subúrbios de Kiev.
“Os corpos de seis civis com ferimentos de bala foram descobertos na cave de uma casa”, referiu numa mensagem na plataforma Telegram, acompanhada por uma fotografia de cadáveres e acrescentando que tinha sido aberta uma investigação.
O Estado Maior General do exército ucraniano estima, por seu lado, que as forças armadas russas já sofreram cerca de 19.600 baixas, entre soldados mortos, feridos ou feitos prisioneiros.
A mesma fonte informou que foram destruídos um total de 732 tanques russos e até 1.946 veículos blindados, bem como 157 aeronaves e 140 helicópteros das forças armadas russas.
A ONU confirmou a morte de 1.842 civis até domingo, incluindo 148 crianças, mas alertou que os números reais “são consideravelmente mais elevados”.
A guerra levou também à fuga de mais de 11,7 milhões de pessoas, incluindo 4,6 milhões para países vizinhos, e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária devido à guerra na Ucrânia.
A comunidade internacional reagiu à invasão russa com sanções económicas e políticas contra Moscovo, e com o fornecimento de armas a Kiev.