895kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Kapitan Ramen: quando duas amigas chinesas se juntam para criar um prato clássico japonês

Este artigo tem mais de 2 anos

Depois dos Anjos, Angela Chen Cheng e Yukun Zhang abrem um novo espaço dedicado ao ramen, no coração de Lisboa. O clássico e exigente "Tonkotsu Ramen" volta a ser protagonista.

Novo restaurante Japonês - Kapitan Ramen Bistro - na Avenida da Liberdade em Lisboa. Com muitas referências visuais ao japão, desde cartazes, autocolantes, etc... a expecialidade da casa é o Raman. 5 de Abril de 2022 Avenida da Liberdade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR
i

Este é o segundo espaço da dupla, que começou por criar o Kapitan Ramen Bistro nos Anjos, em 2020

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Este é o segundo espaço da dupla, que começou por criar o Kapitan Ramen Bistro nos Anjos, em 2020

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

A história

O sucesso do primeiro espaço, que abriu as portas no início de 2020 na zona dos Anjos, ditou a abertura do segundo, coladinho à Avenida da Liberdade e dotado de mais lugares sentados para os amantes de ramen. Duas amigas estão na origem do conceito do Kapitan Ramen Bistro, Angela Chen Cheng e Yukun Zhang. São ambas chinesas, embora a primeira viva em Portugal desde os 11 anos. E se Angela trabalhou como tradutora num escritório de advogados até se lançar nesta aventura, Yukun já tinha experiência nas lides gastronómicas — além de jornalista tem um bistrô francês de três andares, Chez Maurice, com morada fixa em Xangai.

Novo restaurante Japonês - Kapitan Ramen Bistro - na Avenida da Liberdade em Lisboa. Com muitas referências visuais ao japão, desde cartazes, autocolantes, etc... a expecialidade da casa é o Raman. 5 de Abril de 2022 Avenida da Liberdade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

O novo espaço fica colado à Avenida da Liberdade, em Lisboa

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

A iniciativa de abrir um restaurante em Lisboa coube a Angela que desafiou a amiga. Ambas viajaram até ao Japão, mais especificamente a Yokohama, considerada o berço do ramen, para estudar ao detalhe o prato que pretendiam confecionar em solo português (o curso durou um mês). “Era importante saber como é que os japoneses fazem o ramen e que tipo de ramen tínhamos de trazer para cá”, comenta Yukun ao Observador — é sobretudo ela quem cozinha, tanto que foi um total de quatro vezes ao Japão, enquanto Angela foi duas vezes. A maior proximidade geográfica entre a China e o Japão contribuiu para o volume de visitas feitas por Yukun que, durante essas viagens, foi a mais de 50 restaurantes — chegou a engordar oito quilos numa semana de tantos ramen provados. “Adoro ramen, o único problema é que engordo”, lamenta num inglês quase perfeito.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Ainda que Yokohama seja tida como o local de nascimento do popular ramen, as duas amigas reiteram a seguinte mensagem: “Foram os chineses que levaram o hábito de comer massa para o Japão, onde se desenvolveu o ramen”. Em conversa, e em registo de comparação, surge o impulso que Catarina de Bragança deu ao consumo de chá em terras inglesas.

O espaço

O facto de estarem constantemente a receber pedidos de reserva, e de estarem frequentemente sem disponibilidade, fez com que as amigas investissem num segundo espaço sensivelmente dois anos após a abertura do primeiro. O novo Kapitan Ramen Bar tem agora um total de 70 lugares entre sala, esplanada e bancos altos no bar, ao invés de 24, e está na rua Alexandre Herculano — encontrar morada para ele não foi tarefa fácil. Não indiferente à guerra na Europa que tem ocupado os tempos mais recentes, Yukun destaca que o atual senhorio é ucraniano e que na altura em que estavam a tratar do contrato de arrendamento o conflito eclodiu — durante a troca de emails, ele estava a fugir da Ucrânia rumo à Polónia. Yukun, que também é jornalista, reconhece desde logo que esta é uma boa história. E tanto quanto sabem, o senhorio está bem de saúde.

Novo restaurante Japonês - Kapitan Ramen Bistro - na Avenida da Liberdade em Lisboa. Com muitas referências visuais ao japão, desde cartazes, autocolantes, etc... a expecialidade da casa é o Raman. 5 de Abril de 2022 Avenida da Liberdade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR Novo restaurante Japonês - Kapitan Ramen Bistro - na Avenida da Liberdade em Lisboa. Com muitas referências visuais ao japão, desde cartazes, autocolantes, etc... a expecialidade da casa é o Raman. 5 de Abril de 2022 Avenida da Liberdade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR Novo restaurante Japonês - Kapitan Ramen Bistro - na Avenida da Liberdade em Lisboa. Com muitas referências visuais ao japão, desde cartazes, autocolantes, etc... a expecialidade da casa é o Raman. 5 de Abril de 2022 Avenida da Liberdade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR Novo restaurante Japonês - Kapitan Ramen Bistro - na Avenida da Liberdade em Lisboa. Com muitas referências visuais ao japão, desde cartazes, autocolantes, etc... a expecialidade da casa é o Raman. 5 de Abril de 2022 Avenida da Liberdade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Candeeiros ao estilo nipónico e referências culturais japonesas fazem parte da decoração

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Algumas alterações foram feitas ao espaço para acomodar o espírito do novíssimo Kapitan: pelas paredes estão vários posters alusivos à cultura nipónica, incluindo referências ao universo do “Dragon Ball” e de “One Piece”, e também ao filme “O meu vizinho Totoro” de Hayao Miyazaki — as imagens da série de manga “Naruto” estão a caminho. A isso somam-se cópias de revistas japonesas muito antigas, anúncios vintage e uma parede forrada na íntegra com uma fotografia de uma movimentada rua de Quioto. A par dos candeeiros temáticos, a grande mudança foi feita ao nível do bar, ao qual foi acrescentado um telhado ao estilo nipónico.

A comida

A grande diferença entre o Kapitan Bistro e o Kapitan Bar é que no segundo o ramen vem em três tamanhos — M, L e XL —, à exceção da proposta vegetariana que consiste num formato único (o facto de a cozinha ser maior permite dar mais escolha aos clientes, sendo esta também uma forma de evitar desperdícios). O prato clássico, e o mais famoso, continua a ser o Tonkotsu, que é particularmente difícil de conceber. “Acho que todos os restaurantes no Japão têm a sua própria receita secreta. Depende também de como conseguimos a matéria-prima e os ossos. Fizemos algumas alterações para que o paladar fosse mais facilmente aceite em Portugal”, explica Yukun.

O caldo do Tonkotsu é feito a partir de ossos de porco e leva cerca de 18 horas a ser confecionado. “O tempo que demora a fazer é muito importante e depende do quão forte for a intensidade do lume e da água que colocamos”, destacam. O “Tonkotsu Ramen” (13,50 euros e 14,50 na versão picante) tem uma base de caldo de porco, ovo marinado, fatias de barriga de porco marinado, legumes, bambu, cebolinha e nori. Já o “Miso KaPaitan” (13 e 14 euros na versão picante) tem como base caldo de frango, pasta de miso, fatias de frango, ovo, legumes e nori. O “KapitanVegetarianRamen” (12,90 e 13,50 euros na versão picante) corresponde à opção vegetariana — o caldo é à base de leite de soja e pasta de miso com Tempeh e grão de feijão fermentado.

Novo restaurante Japonês - Kapitan Ramen Bistro - na Avenida da Liberdade em Lisboa. Com muitas referências visuais ao japão, desde cartazes, autocolantes, etc... a expecialidade da casa é o Raman. 5 de Abril de 2022 Avenida da Liberdade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR Novo restaurante Japonês - Kapitan Ramen Bistro - na Avenida da Liberdade em Lisboa. Com muitas referências visuais ao japão, desde cartazes, autocolantes, etc... a expecialidade da casa é o Raman. 5 de Abril de 2022 Avenida da Liberdade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR Novo restaurante Japonês - Kapitan Ramen Bistro - na Avenida da Liberdade em Lisboa. Com muitas referências visuais ao japão, desde cartazes, autocolantes, etc... a expecialidade da casa é o Raman. 5 de Abril de 2022 Avenida da Liberdade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR Novo restaurante Japonês - Kapitan Ramen Bistro - na Avenida da Liberdade em Lisboa. Com muitas referências visuais ao japão, desde cartazes, autocolantes, etc... a expecialidade da casa é o Raman. 5 de Abril de 2022 Avenida da Liberdade, Lisboa TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

No novo Kapitan é possível escolher um de três tamanhos considerando o Miso KaPaitan e o Tonkotsu

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Da carta fazem ainda parte as tradicionais gyozas de frango (4,50 euros), de porco (4,50 euros) e vegetarianas (4,50 euros), e ainda o takoyaki (4,50 euros) e o mochi (3,90 euros), um bolinho doce feito de arroz, disponível nos sabores chocolate, chá verde e feijão vermelho.

Em breve haverá uma novidade na carta: “Há um picante muito bom, que não se compra cá, é da cidade de origem de Yukun, Sichuan, que é muito famosa pelo picante e pela comida picante. O novo ramen vai ter a mesma base, mas com um nível de picante mais elevado e mais saboroso. Vamos chamá-lo Fire ramen”, diz Angela. No Kapitan não é servido café e como opções alcoólicas destacam-se o saké, o umeshu (licor de ameixa) e a cerveja japonesa Asahi. Já a funcionar, a inauguração acontece a 13 de abril.

O que interessa saber

Mostrar Esconder

Nome: Kapitan Ramen Bar

Abriu: a inauguração oficial acontece a 13 de abril

Onde fica: Rua Alexandre Herculano 17 B, Lisboa

O que é: o novo espaço do Kapitan Ramen Bistro, original de 2020

Quem manda: as amigas Angela Chen Cheng e Yukun Zhang

Uma dica: no novo espaço há mais lugares sentados, passando de 24, no primeiro restaurante, para 70

Contacto: 935 023 636 (reservas)

Horário: de terça a domingo, das 12h às 16h, e das 19h às 22h30

Links importantes: Instagram (https://www.instagram.com/kapitanramen/?hl=pt)

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.