O Ministério da Defesa Nacional mostrou-se nesta terça-feira “disponível para continuar a apoiar” a Ucrânia e indicou que “Portugal continua a analisar as necessidades de equipamento” daquele país.
A ministra da Defesa, Helena Carreiras, participou por videoconferência numa reunião do Ukraine Defense Consultative Group, que decorreu na Alemanha, encontro convocado pelos Estados Unidos da América e que contou com a presença de mais de 40 países, refere o ministério.
Numa nota enviada às redações, o Ministério da Defesa Nacional refere que esta reunião “teve como objetivo assegurar o suprimento, no mais curto espaço de tempo possível, das necessidades militares da Ucrânia em face da agressão da Rússia, considerando que estas necessidades têm vindo a mudar com o tempo e com a evolução da situação no terreno” e “procurou responder a estas mudanças através de uma maior coordenação entre parceiros e aliados, bem como, no longo prazo, através da sustentabilidade das capacidades e da base industrial de defesa”.
“Portugal continua a analisar as necessidades de equipamento da Ucrânia e mostrou-se disponível para continuar a apoiar bilateralmente e no âmbito de um conjunto mais vasto de países”, adianta o Governo.
Na nota, o ministério recorda que “Portugal já enviou e foram entregues à Ucrânia cerca de 70 toneladas de material militar, letal (armas e munições diversas) e não letal (capacetes e coletes balísticos, por exemplo), e que estão em trânsito mais cerca de 100 toneladas de material, onde se inclui, para além do anterior, material médico”.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,16 milhões para fora do país, ainda de acordo com a organização.