A Comissão Europeia (CE) apresentou esta quarta-feira uma proposta para que durante um ano sejam suspensas todas as taxas alfandegárias pagas na venda de bens e produtos ucranianos para países da UE. A informação é dada pela própria CE, que descreve a proposta como “um gesto de apoio sem precedentes a um país em guerra”.

A proposta, que liberalizaria o mercado e que tem como intuito “aumentar as exportações da Ucrânia para a UE“, terá agora de ser avaliada e aprovada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia, indica a nota oficial.

Citada na mesma nota informativa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, diz: “A agressão da Rússia, que não foi provocada nem tem justificação, está a afetar gravemente a economia ucraniana. Tenho falado com o Presidente Zelensky sobre formas de apoiar a economia que possam ir além do apoio financeiro e os subsídios macro que estamos a fornecer”.

Ambos concordamos quanto à importância crítica de uma suspensão rápida e abrangente das taxas de importação [de bens], para fortalecer a economia da Ucrânia. O passo que estamos a dar hoje responde a esse desafio e vai facilitar a exportação de bens industriais e agrícolas da Ucrânia para a UE. Continuamos a apoiar a Ucrânia nestes tempos terríveis”, acrescenta von der Leyen.

Já o vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis, que é também comissário para o comércio dos 27 Estados-membros, é citado na nota oficial referindo: “A UE nunca avançou para medidas de liberalização do comércio como estas, que não têm precedentes na sua escala: conceder uma tarifa zero à Ucrânia e um acesso de quota zero ao mercado da UE”.

Desde o início da agressão russa, a UE teve como prioridade “manter a economia da Ucrânia a funcionar, algo que é crucial quer para ganhar esta guerra quer para [o país] se reerguer no pós-guerra”, explicou ainda Dombrovskis. “Estas medidas vão ajudar de forma direta os produtores e exportadores ucranianos. Vão também injetar confiança na economia ucraniana e enviar um sinal claro de que a UE vai fazer o que for preciso para ajudar a Ucrânia neste momento de necessidade”.

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