A Fórmula E vai estrear novos veículos na próxima época. Os novos Gen3, que substituem os actuais Gen2, vão ser mais potentes, mais leves e montarão dois motores, em que um deles estará instalado à frente, o que acontece pela primeira vez. Os fórmulas eléctricos passarão assim a ser substancialmente mais rápidos e velozes, atingindo 322 km/h.

Os Fórmula E originam corridas disputadas, mas não muito emocionantes. A falta de ruído não ajuda, mas a reduzida potência dos carros actuais, os Gen2, também não contribui para o espectáculo. Daí que os organizadores tenham optado por um upgrade do modelo, que começa desde logo por recorrer a um chassi em fibra de carbono reciclada, o que permite reduzir a pegada ambiental em 10%, de acordo com Alejandro Agag, o fundador e chairman da disciplina que agora já é um campeonato do mundo reconhecido pela Federação Internacional do Automóvel.

Apesar do novo chassi e aerodinâmica, as maiores diferenças surgem ao nível da mecânica, com os monolugares a passarem a montar dois motores (um por eixo) em vez de apenas um. À frente está instalado uma unidade com 250 kW (340 cv), enquanto a traseira recebe um motor com 350 kW (476 cv). Mas, curiosamente, apenas o motor traseiro impulsiona o carro, o que mesmo assim permite elevar a potência disponível em 136 cv, em relação aos 340 cv do Gen2.

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O motor frontal serve apenas para regenerar energia na travagem, no que está associado ao motor posterior, de modo a atingir um máximo de 600 kW nas travagens. Isto eleva a capacidade de gerar energia a bordo, durante as provas, em cerca de 40%. Os 476 cv disponíveis nos Gen3 explicam que a velocidade máxima tenha evoluído dos anteriores 280 km/h para uns mais impressionantes 322 km/h. Os novos fórmulas são ainda mais leves 60 kg, com o peso fixado em 840 kg.

A actual época de Fórmula E, a oitava, referente à temporada 2021/2022 realiza este fim-de-semana a sua sexta corrida, das 16 que a constituem, o Mónaco E-Prix. Antes da corrida monegasca, o actual líder do campeonato é o francês Jean-Éric Vergne (da equipa DS Techeetah), que comanda com 60 pontos, seguido de Robin Frijns (Envision Racing, com 58 pontos), Stoffel Vandoorne (Mercedes-EQ, 56 pontos), Mitch Evans (Jaguar TCS, 51 pontos), com Edoardo Mortara a fechar o top 5 (Rokit Venturi, 49 pontos). O português Félix da Costa, companheiro de equipa de Jean-Éric Vergne na DS Techeetah, é 12º da classificação do campeonato, com 20 pontos.

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