Uma vitória que adiou o título de um rival direto, que deixou outro rival direto restringido ao terceiro lugar e que garantiu uma presença consecutiva na fase de grupos da Liga dos Campeões que só tinha acontecido outras duas vezes na história. Este domingo, com a goleada frente ao Gil Vicente em Alvalade, o Sporting carimbou a 10.ª participação na liga milionária e manteve-se, ainda que apenas matematicamente, dentro da luta pela conquista do Campeonato.

Em Alvalade, foi Dia da Ana, da Andri e da Maria (a crónica do Sporting-Gil Vicente)

Ou seja, feitas as contas: o FC Porto só precisa de empatar na Luz com o Benfica, no próximo sábado, para ser campeão nacional. Ao mesmo tempo, o Sporting garantiu o segundo lugar, relegou os encarnados para a terceira posição da Liga pela segunda época consecutiva e ainda pode sonhar com o título, sendo que para isso precisaria de vencer nas duas últimas jornadas e ver os dragões perderem esses dois encontros.

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Também este domingo, com a goleada imposta ao Gil Vicente, os leões ultrapassaram a marca dos 100 golos marcados esta temporada, algo que já não acontecia desde 2018/19 — para além de terem chegado aos 66 na Primeira Liga, mais um do que em todo o último Campeonato. Na flash interview, Rúben Amorim mostrou-se satisfeito com a exibição da equipa mas não esqueceu todas as oportunidades que o Sporting desperdiçou.

“Com a eficácia não estou assim tão satisfeito porque devíamos e podíamos ter feito mais golos. Mas foram competentes em todos os aspetos do jogo. Jogaram com alegria, dominámos por completo o jogo. Foi mais uma boa exibição desta equipa, que dá boas respostas quando é preciso”, atirou, reconhecendo depois a importância do apuramento direto para a Liga dos Campeões. “Era muito importante. Desde o início do ano que era algo muito importante para nós porque nos permite estar com grandes clubes, porque nos permite ter grandes noites como a que tivemos aqui com o Dortmund ou noites difíceis como a que tivemos com o Manchester City e o Ajax. E não esquecer, ainda para mais, as condições financeiras. Ajuda o clube a manter jogadores e permite ao treinador fazer mais pressão junto da direção do clube para manter a equipa, uma equipa que está a crescer mas que ainda tem muito para crescer”, acrescentou.

Ainda na zona de entrevistas rápidas, o treinador leonino voltou a recordar que chegar ao título já é “muito difícil”. “O FC Porto ainda tem uma grande vantagem e o ‘armar confusão’ era no sentido em que duas equipas muito grandes vão defrontar-se e uma pode ser campeã. Foi uma brincadeira. O que eu quero é vencer o Portimonense, pensar no fim deste Campeonato e já na próxima época”, disse Amorim, que acabou por confirmar que Sarabia não vai ficar em Alvalade ao referir que vai ter “pena” de não contar com o espanhol. “Assim como tenho pena de não ter tido o Nuno Mendes. Mas o futebol é mesmo assim. Estarão outros cá, seguiremos com o nosso projeto e ainda temos dois jogos para o aproveitar”, terminou.