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Em Alvalade, foi Dia da Ana, da Andri e da Maria (a crónica do Sporting-Gil Vicente)

Este artigo tem mais de 2 anos

O Sporting não tremeu, ganhou e adiou a festa do FC Porto enquanto garantiu o apuramento direto para a Champions (4-1). Em Alvalade, foi Dia da Mãe: da mãe de Sarabia, de Edwards e de Pedro Gonçalves.

Sporting CP v Gil Vicente FC - Liga Portugal Bwin
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Os leões ultrapassaram a marca simbólica dos 100 golos marcados esta temporada

DeFodi Images via Getty Images

Os leões ultrapassaram a marca simbólica dos 100 golos marcados esta temporada

DeFodi Images via Getty Images

Ganhar, antes de tudo, significava adiar o título do FC Porto. Mas ganhar, depois de tudo, também significava garantir o apuramento direto para a Liga dos Campeões. Em resumo, este domingo e contra o Gil Vicente em Alvalade, o Sporting só tinha uma solução: ganhar. Mesmo que os três pontos conquistados só prolongassem no tempo o cenário praticamente inevitável de entregar o estatuto de campeão nacional aos dragões.

E na antevisão, ainda antes de saber que o FC Porto acabaria por derrotar o Vizela no Dragão — ou seja, que o FC Porto acabaria por ficar a um ponto de carimbar a conquista do título –, Rúben Amorim deixou claro que o objetivo era continuar a agitar as águas. “O jogo tem esse lado aliciante, para além de termos de ganhar todos os jogos. Ir à Champions é essencial e claro que adiar o título também é bom para animar o Campeonato, arranjar uma confusão na semana a seguir, mantendo viva uma réstia de esperança. Apesar de eu não acreditar muito. O que podemos controlar é a Liga dos Campeões, sabendo que o Gil Vicente é difícil de bater. Mas estamos preparados”, atirou o treinador leonino, que aproveitou a conferência de imprensa para afastar os rumores de que se teria envolvido em confrontos físicos com Slimani.

Ficha de jogo

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Sporting-Gil Vicente, 4-1

32.ª jornada da Primeira Liga

Estádio José Alvalade, em Lisboa

Árbitro: Miguel Nogueira (AF Lisboa)

Sporting: Adán, Luís Neto, Gonçalo Inácio, Matheus Reis, Pedro Porro, João Palhinha (Manuel Ugarte, 67′), Matheus Nunes (Daniel Bragança, 84′), Nuno Santos, Marcus Edwards (Paulinho, 56′), Pedro Gonçalves (Rúben Vinagre, 67′), Sarabia (Rodrigo Ribeiro, 84′)

Suplentes não utilizados: André Paulo, João Virgínia, Feddal, Ricardo Esgaio

Treinador: Rúben Amorim

Gil Vicente: Andrew, Zé Carlos, Lucas Cunha, Rúben Fernandes, Talocha, Pedrinho (João Afonso, 85′), Aburjania (Matheus Bueno, 65′), Fujimoto, Leautey (Vítor Carvalho, 65′), Fran Navarro (Élder Santana, 85′), Samuel Lino (Boubacar, 78′)

Suplentes não utilizados: Frelih, Diogo, Bilel, Henrique Gomes

Treinador: Pedro Guimarães (Ricardo Soares está castigado)

Golos: Sarabia (gp, 21′), Marcus Edwards (36′), Fran Navarro (45+2′), Lucas Cunha (ag, 53′), Pedro Gonçalves (gp, 62′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Samuel Lino (13′), a Matheus Nunes (59′), a Pedrinho (63′), a Paulinho (70′), a Luís Neto (83′), a Matheus Reis (90+3′)

“Claro que é mentira. Até para o Slimani não é positivo, porque ele terá de arranjar soluções para jogar. Nem sequer tivemos uma discussão. Esse assunto está arrumado mas ele não teve qualquer comportamento desse género, não é justo dizer isso. Eu sou o treinador, nunca me baixaria a esse nível de andar à porrada com um jogador”, garantiu Amorim, que este domingo voltava a deixar o avançado argelino de fora da convocatória e chamava o jovem Rodrigo Ribeiro.

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Ora, em Alvalade e com Coates lesionado, o treinador leonino lançava Matheus Reis no trio de centrais e mantinha Nuno Santos na ala esquerda. Pedro Porro voltava à titularidade depois de ter cumprido castigo contra o Boavista no Bessa, Palhinha surgia novamente no onze em detrimento de Ugarte e também Marcus Edwards segurava o lugar no ataque apesar de Paulinho ter regressado de um jogo de suspensão: tudo num Sporting que entrava em campo com os nomes das mães dos jogadores nas costas das camisolas para assinalar o Dia da Mãe. Do outro lado, a principal ausência era mesmo o treinador Ricardo Soares, que foi expulso na jornada anterior contra o P. Ferreira e assistia à partida na bancada, sendo substituído pelo preparador físico Pedro Guimarães — porque o adjunto, Maurício Vaz, também viu o cartão vermelho.

Não foi preciso esperar muito para perceber a dinâmica do jogo: o Sporting iria tentar assumir o controlo da partida, essencialmente através da velocidade injetada nos corredores, e o Gil Vicente ia apostar nas transições rápidas para procurar surpreender o adversário. Os leões tiveram a primeira oportunidade da partida, com Nuno Santos a forçar Andrew a uma defesa apertada (5′), e Sarabia também ficou perto de abrir o marcador com um livre direto que passou muito perto da trave da baliza gilista (14′). No mesmo período, porém, a equipa de Ricardo Santos mostrou o perigo que podia causar com uma aceleração de Talocha na esquerda e um passe rasteiro que, por acaso do destino, não encontrou destinatário dentro da área leonina (15′).

Após um quarto de hora inicial muito positivo e animado, o resultado acabou por mexer com recurso a uma grande penalidade: Nuno Santos foi carregado em falta por Aburjania no interior da grande área do Gil Vicente e Sarabia, na conversão, abriu o marcador (21′). Os gilistas reagiram quase de imediato com um pontapé cruzado de Fujimoto que passou ao lado (23′), o próprio internacional espanhol também poderia ter marcado com um desvio após cruzamento de Porro na direita (24′) mas acabou por ser Marcus Edwards, já depois da meia-hora, a aumentar a vantagem do Sporting. Na sequência de um canto cobrado na direita e depois de uma defesa de Andrew a um cabeceamento de Neto, o inglês apareceu a atirar na recarga e marcou o segundo golo ao serviço dos leões (36′).

Mais uma vez, o Gil Vicente reagiu imediatamente e também colocou a bola no fundo da baliza, com o lance a ser anulado por fora de jogo de Talocha (40′), e a jogada acabou por servir de aviso para o que iria acontecer nos descontos. Numa fase em que o Sporting já só pensava no intervalo, Fran Navarro surgiu na cara de Adán a desviar após um grande passe de Pedrinho (45+2′) e o golo, apesar de inicialmente anulado pelo árbitro assistente por posição irregular do avançado, foi mesmo validado pelo VAR.

Andrew ainda evitou o golo dos leões antes do intervalo, ao defender um desvio de um colega e solucionar um autogolo quase certo (45+7′), mas o Sporting terminou mesmo a primeira parte a vencer o Gil Vicente pela margem mínima. Em Alvalade, onde outrora já se tinha respirado algum alívio pela ideia de que o FC Porto não seria campeão este domingo, respirava-se ansiedade — e o mérito era dos gilistas, que voltavam a não capitular na cara e na casa de um “grande”.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Sporting-Gil Vicente:]

O Sporting foi a primeira equipa a criar perigo na segunda parte, com Sarabia a permitir a defesa de Andrew na cara do guarda-redes após uma boa aceleração de Edwards na direita (51′), e a lógica do primeiro tempo mantinha-se: os leões tinham mais bola e estavam sempre mais perto da baliza adversária mas o Gil Vicente, sempre que tentava a transição rápida, deixava a defesa leonina algo desconfortável. Ainda assim, o conjunto de Rúben Amorim acabou por conseguir chegar ao terceiro golo ainda numa fase embrionária do segundo tempo, com Lucas Cunha a fazer autogolo após um desequilíbrio delicioso de Nuno Santos na esquerda do ataque (53′).

O treinador do Sporting reagiu ao avolumar da vantagem de imediato, ao trocar Edwards por Paulinho, e os leões iam beneficiando de uma clara quebra de rendimento do Gil Vicente para intensificar a pressão no setor mais adiantado e dar muito trabalho a Andrew — que, apesar dos golos sofridos, deixou uma exibição brilhante em Alvalade. Já depois de o guarda-redes brasileiro evitar os golos de Pote (57′) e Paulinho (60′), Miguel Nogueira voltou a assinalar grande penalidade em Alvalade e o mesmo Pote, que tinha sofrido a falta de Fran Navarro, converteu o penálti para carimbar a goleada (62′).

O Gil Vicente respondeu com as entradas de Matheus Bueno e Vítor Carvalho, Amorim voltou a mexer para tirar Palhinha e Pote e lançar Ugarte e Vinagre e Nuno Santos subiu no terreno para passar a ocupar a ala esquerda do ataque. Mas a partir daí, e à exceção de um remate forte de Nuno Santos para nova defesa de Andrew (77′), já pouco aconteceu — a partida caiu naturalmente em ritmo e intensidade, os leões controlaram com posse de bola e sem grandes sobressaltos e ainda houve tempo para Daniel Bragança e Rodrigo Ribeiro terem alguns minutos.

No fim, o Sporting goleou o Gil Vicente em Alvalade, garantiu o segundo lugar e o consequente apuramento direto para a Liga dos Campeões da próxima temporada e adiou a festa do título do FC Porto, que para ser campeão nacional só precisa de empatar na Luz na jornada seguinte. Este domingo, em Alvalade, o Dia foi da Ana, da Andri e da Maria: os nomes das mães de Sarabia, Edwards e Pedro Gonçalves, os marcadores dos golos da equipa de Rúben Amorim.

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