Pagar a conta num restaurante pode tornar-se uma tarefa complicada e demorar vários minutos se o staff estiver ocupado ou se o local estiver cheio. A Sunday, que chega agora a Portugal, afirma que a sua web app é a solução para estes problemas e quer “revolucionar a forma como os consumidores pagam as contas nos restaurantes”.

A startup francesa pretende que os clientes dos restaurantes consigam pagar a conta e, se quiserem, deixar gorjeta ou colocar o número de contribuinte na fatura, através de um QR Code, que tem de ser lido pelo utilizador que, assim, “com dez segundos de simplicidade” pode deixar o restaurante. Este sabe que o valor está pago porque recebe um ticket na caixa. Quem estiver com um grupo de amigos pode utilizar a Sunday para fazer a divisão igualitária do valor ou para pagar cada item que consumiu, desde a salada à sobremesa.

Aplicação Sunday

A leitura do QR Code num restaurante

Para utilizar esta web app, a empresa garante que não é preciso instalar qualquer aplicação ou criar uma conta. É “apenas necessário possuir um telemóvel com acesso à internet” e que consiga ler o QR Code que estará em cada uma das mesas do restaurante. O pagamento poderá ser feito através de Apple Pay, Google Pay ou cartão de crédito, como Visa ou Mastercard.

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A Sunday só na terça-feira fez o anúncio oficial da chegada ao mercado português, mas há algum tempo que já está em contacto com os restaurantes. “Em Portugal já temos parceria com cerca de 200 restaurantes, maioritariamente em Lisboa, alguns em Cascais, dois ou três em Oeiras, em Évora, na Comporta. Ainda não estamos no Porto, mas estamos a caminhar para lá a passos largos”, explica Tiago Correia, country launcher da empresa no país, em entrevista telefónica ao Observador.

A chegada a Portugal deve-se ao que diz ser a “elevada procura” registada pela empresa, que já conta com um escritório em Lisboa, na zona do Parque das Nações. A equipa é composta por Tiago, por um chefe de vendas e um chefe de operações. “A expectativa é fazermos crescer o negócio e crescer a equipa com o negócio”, salienta.

A Sunday frisa que os restaurantes que queiram ser seus clientes não têm de pagar a produção e o envio dos QR Code, nem precisam de fazer qualquer investimento. “Não temos mensalidades, não temos mínimos, nem máximos”. Só se o cliente utilizar esta via de pagamento, é que o estabelecimento paga à Sunday uma comissão única por todas as transações que passem pela empresa. Essa taxa é sempre a mesma, mas, acrescenta Tiago Correia, “não divulgamos [o valor]”.

A Sunday é uma spin-off do grupo Big Mamma, que “durante os tempos de pandemia” quis “aumentar ainda mais o distanciamento entre as pessoas, principalmente no momento de pagamento”. Quando lançam a ideia do QR Code, “após três meses de utilização”, “oito em cada dez clientes” utilizaram o código, o que fez com que a empresa visse uma oportunidade de negócio e lançasse a Sunday.

A startup, que chega agora a Portugal, está presente em mais sete países — EUA, Canadá, Reino Unido, França, Espanha, Itália e Bélgica —, foi testada em 2020 nos restaurantes Big Mamma nas cidades de Londres, Madrid e Paris, e lançada oficialmente em 2021. Em abril desse ano angariaram 124 milhões de dólares e seis meses depois mais 100 milhões numa ronda de investimento Série A. “Já temos mais de três milhões de utilizadores e mais de seis mil restaurantes connosco”, revela Tiago que explica em declarações ao Observador que a empresa conta globalmente com 375 funcionários.