É uma das mais recentes armas dos Estados Unidos da América: o novo submarino nuclear que inclui raios laser e pode estar sem reabastecer durante 33 anos. Chama-se New Jersey, pertence à frota de classe Virgínia, e tem uma forte capacidade de ataque e de recolha de informação, sendo capaz de operar em mar aberto, mas também mais junto da costa.
A empresa de construção naval Huntington Ingalls Industries (Hill) noticiava a 28 de abril deste ano que o submarino foi lançado no rio James, na divisão de construção naval do Newport News, empresa responsável pelo seu fabrico. O submarino, de 7.800 toneladas. foi submerso para a realização de testes ao equipamento.
O New Jersey está 92% concluído e envolveu a participação de 10.000 construtores navais e fornecedores de 50 estados, revela o Newport News. Os trabalhos começaram em 2016 juntamente com a subsidiária General Dynamics Electric Boat Company, uma das principais construtoras de submarinos dos EUA.
Alcançar este marco de construção é um evento muito gratificante para a nossa equipa de construção naval (…) Estamos ansiosos para realizar os programas de testes para que o possamos entregar à Marinha”, afirmou Jason Ward, o vice-presidente de construção de submarinos da classe Virgínia da Newport News.
As duas empresas são as únicas com autorização governamental para fabricar submarinos nucleares, frisao El Español. Enquanto a Newport News ficou encarregue da construção da popa, alojamentos, vela e proa, a subsidiária construiu a sala de máquinas e de controlo.
O New Jersey tem uma elevada capacidade de ataque. Está equipado com 12 mísseis de cruzeiro Tomahawk e quatro tubos de lançamento de torpedos UGM-84 Harpoon. No total pode transportar até 37 unidades de munição.
Relatórios dos serviços secretos, citados pelo jornal espanhol, indicam que os EUA estão a equipar estes modelos de submarino com armas laser, que podem ter uma potência entre 300 y 500 kW, o que permitirá atingir alvos como drones, aeronaves ou barcos e desintegrá-los com precisão cirúrgica.
O sistema de propulsão é capaz de gerar uma potência de 210 MW num único reator, o que se traduz numa elevada autonomia, permitindo que possa passar 33 anos sem reabastecer combustível nuclear, avança o El Español.
A classe Virgínia começou a ser desenhada no princípio dos anos 90, com o nome de código Centurión, mas o primeiro submarino desta família só viria a entrar ao serviço dos EUA em 2014. O New Jersey é a 22.ª unidade a ser construída e vem substituir a classe Los Angeles.
Os submarinos do modelo Virgínia têm entre 115 a 140 metros de comprimento, um diâmetro que chega até aos 10 metros e podem operar a uma velocidade de mais de 25 nós, de acordo com o Newport News. Ao projeto inicial a Marinha dos EUA foi fazendo revisões e adaptações que resultaram em submodelos e quer agora chegar à quinta geração.
Atualmente existem 21 submarinos da classe Virgínia em funcionamento e mais 10 em construção. A Marinha norte-americana pretende receber mais exemplares deste modelo até 2043.