A ilha de São Jorge, nos Açores, registou, nas últimas 24 horas, um sismo sentido pela população, com magnitude 2,6 na escala de Richter, revelou esta sexta-feira o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).

De acordo com o comunicado diário do CIVISA sobre a crise sismovulcânica na ilha de São Jorge, o abalo sentido foi registado às 17h01 (18h01 em Lisboa) de quinta-feira, com magnitude 2,6 na escala de Richter e epicentro a um quilómetro da Beira (na freguesia e concelho de Velas) e intensidade IV na escala de Mercalli Modificada.

Desde o início da crise sismovulcânica, em 19 de março, foram sentidos pela população 273 sismos.

Segundo o CIVISA, a atividade sísmica que se tem vindo a registar desde a Ponta dos Rosais até à zona do Norte Pequeno — Silveira “continua acima do normal”.

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A ilha mantém o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.

O sismo de maior magnitude (3,8 na escala de Richter) ocorreu no dia 29 de março, às 21:56.

De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), fortes (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).

A escala de Mercalli Modificada mede os “graus de intensidade e respetiva descrição” e, quando há uma intensidade III, considerada fraca, o abalo é “sentido dentro de casa” e “os objetos pendentes baloiçam”, sentindo-se uma “vibração semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados”, lê-se no ‘site’ do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Na quinta-feira, o presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), Rui Marques, considerou que a crise na ilha de São Jorge mantém-se com um “padrão constante” desde março.

Rui Marques especificou, no briefing para um ponto de situação sobre a crise sismovulcânica, que há “dois a três dias com uma frequência diária acima da média” e outros três “com valores inferiores”.

Ainda segundo os mais recentes dados do CIVISA, desde o início da crise foram registados 33.700.