Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 afirmaram este sábado que o grupo nunca reconhecerá as fronteiras que a Rússia pretende impor pela força da guerra na Ucrânia e prometeram “expandir as sanções” económicas contra a Rússia, visando setores em que o país “é particularmente dependente”.

“Não reconheceremos nunca as fronteiras que a Rússia está a tentar mudar com a sua intervenção militar”, disseram os ministros, numa declaração difundida no âmbito de uma reunião de três dias em Wangels, no norte da Alemanha.

Na declaração, os chefes de diplomacia apelaram de novo à Bielorrússia para que “pare de facilitar a intervenção da Rússia e respeite os seus compromissos internacionais”.

G7 quer expandir sanções à Rússia e pede à China que não ‘mine’ as medidas

Além disso, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 prometeram também “expandir as sanções” económicas contra a Rússia, visando setores em que o país “é particularmente dependente”, e instaram a China a não ‘minar’ essas medidas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Os chefes da diplomacia dos países do G7 referem que querem “acelerar os esforços” para “acabar com a dependência da energia russa”.

Os chefes da diplomacia pedem ainda à China que “não apoie a Rússia” no ataque à Ucrânia, segundo avança a agência AFP.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 iniciaram, na quinta-feira, uma reunião de três dias, na Alemanha, país que ocupa atualmente a presidência anual rotativa do grupo, tendo convidado os homólogos da Ucrânia e da Moldava a participar no encontro.

Além da Alemanha, o G7 integra Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, com a União Europeia (UE) a participar também nas reuniões do grupo.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.