O aumento do custo de vida no Reino Unido está a levar muitos britânicos a murarem as suas rotinas, procurando assim reduzir os custos, revelou um inquérito realizado pela Ipsos para a Sky News. De acordo com o estudo feito junto de mais de duas mil pessoas, alguns britânicos começaram a saltar refeições ou a desligar o aquecimento nas suas casas.
Os dados recolhidos pela Ipsos mostram que os cidadãos do Reino Unido estão desassossegados com a situação — quatro em cinco mostraram-se preocupados com o aumento dos preços nos próximos meses. A situação preocupa sobretudo os que têm salários mais baixos. Mais de metade dos inquiridos com um rendimento anual de cerca de 20 mil libras disseram estar “muito preocupados”.
A maioria dos inquiridos admitiu estar à procura de alternativas que os ajudem a diminuir os gastos mensais. Depois de os preços de alguns bens alimentares terem aumentado cerca de 10% no último ano, uma em cada cinco pessoas começou a fazer compras em supermercados mais baratos. Também uma em cinco decidiu cancelar a subscrição dos serviços de televisão ou streaming. O dobro disse que foi obrigada a sair menos de casa.
O aumento do preço da gasolina na sequência da invasão russa da Ucrânia também levou muitos britânicos a conduzirem menos. Um em cada quatro pessoas confessou que tem saltado refeições e três em cinto desligaram o aquecimento nas suas casas. O preço da energia disparou nos últimos meses e é esperado um novo aumento em outubro, refere a Sky News.
Um em cinco disse ter sido obrigado a pedir dinheiro emprestado para pagar as contas, uma situação que deverá complicar-se até ao final do ano, com a previsão de uma subida de 10% na inflação.