Os últimos soldados ucranianos entrincheirados na fábrica siderúrgica Azovstal, em Mariupol, cidade portuária da Ucrânia, receberam ordens de Kiev para “deixar de defender a cidade”, anunciou esta sexta-feira um dos comandantes do regimento Azov.

“O alto comando militar deu a ordem para salvar a vida dos soldados da nossa guarnição, parando de defender a cidade”, disse no Telegram Denys Prokopenko, comandante do regimento Azov, uma das unidades ucranianas presentes na siderúrgica.

“Apesar dos fortes combates (…) enfatizamos constantemente as três condições mais importantes para nós, a saber: civis, feridos e mortos”, acrescentou salientando que “os civis foram retirados” e “os feridos graves receberam a assistência necessária”. Prokopenko espera que em breve seja também possível enterrar dignamente os soldados mortos em combate.

O complexo metalúrgico, com o seu labirinto de galerias subterrâneas escavadas nos tempos soviéticos, foi a última bolsa de resistência ucraniana nesta cidade portuária no Mar de Azov, fortemente bombardeada pelos russos.

Após a recente retirada de civis, incluindo mulheres e crianças de Azovstal, 1.908 soldados ucranianos entrincheirados nas entranhas da siderúrgica, incluindo os feridos, têm-se rendido, desde segunda-feira, às forças russas, informaram as autoridades de Moscovo.

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