A batalha judicial Depp vs Heard não se realiza apenas no tribunal de Fairfax, no estado da Virgínia, nos EUA – os amigos de ambos têm saído em defesa dos atores contando episódios em que os defendem ou atacam, consoante o lado da barricada em que se encontram. Desta vez, a cantora norte-americana Courtney Love saiu em defesa do Capitão Jack Sparow, referindo que Depp já lhe salvou a vida com tentativas de ressuscitação, através da aplicação de manobras de reanimação cardiopulmonar, quando a artista teve uma overdose à porta de uma famosa discoteca e ponto de encontro de celebridades nos anos 90.
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A estrela de 57 anos especificou que a situação ocorreu no nightclub Viper Room — onde River Phoenix morreu de overdose –, localizado em West Hollywood, na Califórnia (EUA), em 1995 – um ano depois do seu marido, o lendário vocalista e guitarrista dos Nirvana, Kurt Cobain, cometer suicídio. O casal teve uma filha Frances Bean, atualmente com 29 anos.
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No vídeo partilhado a 21 de maio no Instagram — mas já eliminado aquando da publicação deste artigo — Courtney salvaguardou que o seu objetivo não era “fazer julgamentos públicos”, segundo relata o Daily Mail. Afirmou, então, que Depp marcou presença ao longo do crescimento da filha, ajudando-a de múltiplas maneiras.
Para Frances e os amigos assistirem aos filmes dos Piratas das Caraíbas no cinema, o Capitão Jack Sparow enviou limusinas à escola para os ir buscar. “Deu-lhe o seu próprio lugar [nas estreias] com o nome dela”, sublinhou Love. Aos 13 anos, a filha disse-lhe: “Mãe, ele salvou a minha vida”.
O Johnny, quando eu estava viciada em crack e Frances teve de sofrer e lidar com assistentes sociais, escreveu uma carta de quatro páginas para a minha filha que ela nunca me mostrou”.
Narrado o elo de ligação entre Love e a Depp, a cantora norte-americana chegou até a mostrar “empatia” para com Amber Heard, afirmando: “Fui a mulher mais odiada da América. Fui a mulher mais odiada do mundo antes do TikTok (…) consegues imaginar como é que ela [Amber Heard] se sente?”. No entanto, não deixou de atacar a postura da atriz de Aquaman:
Mas se usas um movimento para ganho pessoal e ocupas espaços interseccionais feministas queer, então espero que a justiça seja feita independentemente do que for”.
A compositora assegurou que pretende demonstrar “apoio neutro a um amigo” sem querer “intimidar”, acrescentando: “Já sofri bullying suficiente. Não queria expressar o meu próprio preconceito, a misoginia interiorizada”.
Já numa entrevista ao The Guardian em 2006, Courtney Love trouxe o episódio em que Depp lhe salvou a vida à tona. Estava já “lixada da cabeça” quando chegou ao Viper Room e, quando lá entrou, desmaiou: “E aparentemente alguém estava a fazer-me manobras de reanimação”.
“Não tenho nada de mal a dizer sobre Johnny Depp, nunca. Ele é muito inteligente, um ator brilhante”, garantiu na altura ao jornal britânico, que escreveu que as palavras da cantora foram ditas com “firmeza”.