Não só looks glamorosos passam na passadeira vermelha do Festival de Cannes. Pela segunda vez em poucos dias, foi igualmente palco de protestos pelo fim da violência contra mulheres.

Na red carpet, cerca de 12 mulheres “desfilaram” vestidas de preto antes da estreia do filme Holy Spider. Levavam uma faixa — como se vê no vídeo divulgado pela Agence France-Presse no Twitter — com os nomes das 129 mulheres mortas em França desde a última vez que o festival de cinema foi realizado.

Ao parar nas escadas em frente ao Palais des Festivals, o grupo feminista Les Colleuses detonou granadas de fumo preto.

Os seguranças não tentaram impedir a manifestação, que ocorreu antes da chegada do elenco do Holy Spider, realizado pelo iraniano-dinamarquês Ali Abbasi. O filme é sobre uma jornalista que investiga o assassinato de profissionais do sexo na cidade sagrada iraniana de Mashhad. Por trás dos crimes, está o Spider Killer (em português, Aranha Assassina), com a crença de que está a limpar as ruas das pecadoras. 

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[Trailer do filme Holy Spider (em português, Aranha Sagrada)]

O filme é baseado na história real da vida de Saeed Hanaei, que matou pelo menos 16 mulheres e se tornou um herói para alguns militantes islamitas.

“É a arma mais barata que o homem conhece.” A violação está a ser usada como arma de guerra na Ucrânia?

Já na sexta-feira, uma mulher tinha invadido a passadeira vermelha antes da estreia mundial do filme Three Thousand Years of Longing, de George Miller. Quis chamar à atenção para a violência sexual das forças russas na guerra da Ucrânia. A manifestante faz parte do grupo francês Scum, que se autodenomina como “ativistas feministas radicais”.

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