Viacheslav, de 18 anos, estava em casa com a mãe quando um míssil russo atingiu Verkhn’otorets’ke, a aldeia onde morava na região de Donetsk. “A primeira explosão aconteceu perto de nós”, recorda o jovem. “A minha mãe deitou-se, eu agachei-me.”

“Quando abri os olhos, a minha mãe estava deitada de lado”, lembra Viacheslav, que se aprontou a ajudar a mãe, Mariya, de 37 anos, que não reagia. No entanto, foi em vão. “Ela morreu nos meus braços. As suas últimas palavras foram: ‘Estou bem’.”

À UNICEF, o jovem de 18 anos revelou que ainda tentou pedir ajuda a uma equipa médica, mas quando regressou a casa já era tarde demais.

O mais difícil aconteceu quando teve de contar aos seus quatro irmãos mais novos (cuja idade não foi revelada) que, com a morte da mãe, tinham ficado órfãos. “Quando entrei em casa, eles entenderam tudo”, disse, recordando que uma irmã lhe perguntou se havia alguma possibilidade de a mãe sobreviver. “Fiz tudo ao meu alcance”, garantiu Viacheslav.

O jovem de 18 anos terá agora de ficar encarregue da tutela dos irmãos mais novos. “Eu quero que eles tenham um futuro com o qual se possam entusiasmar”, assinalou Viacheslav, assegurando que “fará tudo” ao seu alcance para que tal aconteça.

Viacheslav e os seus quatro irmãos saíram da aldeia onde viviam e estão agora no oeste da Ucrânia.

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