Viacheslav, de 18 anos, estava em casa com a mãe quando um míssil russo atingiu Verkhn’otorets’ke, a aldeia onde morava na região de Donetsk. “A primeira explosão aconteceu perto de nós”, recorda o jovem. “A minha mãe deitou-se, eu agachei-me.”
“Quando abri os olhos, a minha mãe estava deitada de lado”, lembra Viacheslav, que se aprontou a ajudar a mãe, Mariya, de 37 anos, que não reagia. No entanto, foi em vão. “Ela morreu nos meus braços. As suas últimas palavras foram: ‘Estou bem’.”
À UNICEF, o jovem de 18 anos revelou que ainda tentou pedir ajuda a uma equipa médica, mas quando regressou a casa já era tarde demais.
Her last words were: "I'm alright."
18-year-old Viacheslav's mother was killed after shelling hit their home in Ukraine. Through the horror and heartbreak, he's doing everything he can to make life better for his four younger siblings. #NotATarget pic.twitter.com/ivK1cjuGZg
— UNICEF (@UNICEF) May 23, 2022
O mais difícil aconteceu quando teve de contar aos seus quatro irmãos mais novos (cuja idade não foi revelada) que, com a morte da mãe, tinham ficado órfãos. “Quando entrei em casa, eles entenderam tudo”, disse, recordando que uma irmã lhe perguntou se havia alguma possibilidade de a mãe sobreviver. “Fiz tudo ao meu alcance”, garantiu Viacheslav.
O jovem de 18 anos terá agora de ficar encarregue da tutela dos irmãos mais novos. “Eu quero que eles tenham um futuro com o qual se possam entusiasmar”, assinalou Viacheslav, assegurando que “fará tudo” ao seu alcance para que tal aconteça.
Viacheslav e os seus quatro irmãos saíram da aldeia onde viviam e estão agora no oeste da Ucrânia.