O parlamento russo aboliu esta quarta-feira a lei que limita a idade para o alistamento militar, numa altura em que se prolonga a ofensiva da Rússia em território da Ucrânia.
A adoção deste projeto de lei vai permitir atrair para o Exército pessoas dotadas das especialidades que se procuram”, disse o deputado Andrei Kartapolov, um dos autores da medida, citado pelo portal da Duma, a câmara baixa do parlamento russo.
Até ao momento, apenas os cidadãos russos com idades entre os 18 e os 40 anos estavam autorizados a estabelecer um primeiro contrato com o Exército sendo que para os voluntários estrangeiros o alistamento era permitido a homens com idades entre os 18 e os 30 anos.
A partir de agora — isto é, depois de a lei ser assinada pelo Presidente Putin — vai ser possível a qualquer voluntário que não tenha atingido a idade legal de reforma, atualmente fixada nos 61 anos e seis meses para os homens, alistar-se no Exército da Rússia.
As Forças Armadas russas encontram-se envolvidas na nova invasão da Ucrânia desde o passado dia 24 de fevereiro, registando, de acordo com fontes militares de Kiev, grandes baixas e perdas materiais.
No passado mês de abril, a Rússia lançou o “alistamento da primavera 2022” com o objetivo de recrutar 134.500 jovens.
Neste caso, as autoridades garantiram que os mancebos não vão ser enviados para a frente de combate na Ucrânia.