O mercado mundial de pick-ups e de SUV eléctricos começa a parecer cada vez mais apetecível para a maioria dos construtores. A Tesla agitou o mercado com a sua Cybertruck, mas rapidamente recebeu a companhia da Rivian R1T, da Hummer EV e da Ford F-150 Lightning. Curiosamente, todas elas chegaram ao mercado antes da pick-up da Tesla. Agora, o Grupo Volkswagen posiciona-se para disputar igualmente uma fatia do mercado, tendo criado para o efeito a Scout, a mais recente marca do conglomerado alemão, que vai começar por lançar dois veículos eléctricos, um SUV e uma pick-up.

O interesse por estes modelos volumosos, alimentados exclusivamente por bateria e com vocação para o todo-o-terreno, era embrionário de início, mas agora é geral. E o destaque vai para as propostas de maiores dimensões, mais caras, mas também com margens de lucro superiores, capazes de acomodar os preços ainda muito elevados das baterias. Tanto mais que os acumuladores, para veículos pesados e de grandes dimensões, têm de necessariamente possuir uma grande capacidade, o que agrava os custos.

O CEO da Volkswagen AG, Herbert Diess, já admitiu que a criação da Scout poderá levar à construção de uma nova fábrica nos EUA, além daquelas que a VW já está a adaptar para os seus ID. 4 e ID. 5, a que se vão juntar outros modelos 100% eléctricos em breve. Para Diess, o objectivo passa por criar uma capacidade de produção adicional de 600.000 unidades por ano.

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O lançamento da Scout será ainda a oportunidade para o grupo alterar a relação comercial com os seus concessionários, para já nos EUA, onde os novos SUV e pick-up serão fabricados, de momento para os mercados norte-americano e canadiano, entre outros da América Latina. Daí que o responsável pelas Vendas e Marketing da Volkswagen of America, Andrew Savvas, tenha informado os 650 concessionários dos EUA que a Scout era uma marca independente e que eles não tinham nenhum ascendente sobre ela. Apesar de faltar a confirmação do construtor, tudo indica que os modelos da Scout serão comercializados online, suportados pela rede tradicional no que respeita ao pós-venda, ou através de um novo tipo de agenciamento.

Os novos Scouts deverão ser comercializados nos EUA por valores a partir de 40.000 dólares, com a marca a prever de início uma produção anual de 250.000 veículos, de acordo com o The Wall Street Journal, longe pois do limite máximo previsto.

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