O Partido Comunista do Vietname, no poder desde 1976, expulsou o ministro da Saúde e o presidente da câmara de Hanoi, por suspeita de corrupção relacionada com a pandemia da Covid-19.

A decisão foi adotada na segunda-feira, numa reunião extraordinária do comité central do partido, que exigiu a abertura de uma investigação contra os dois suspeitos, o ministro Nguyen Thanh Long e o autarca Chu Ngoc Anh, de acordo com um comunicado publicado on-line pelo órgão.

O Partido Comunista do Vietname acusou os dois políticos de terem “causado perdas de dinheiro e ativos do Estado, prejudicado a luta contra a Covid-19, causado agitação social e afetado a reputação do Partido”.

Meios de comunicação social oficiais noticiaram que o ministro e o autarca estão implicados num escândalo de subornos na venda a hospitais de testes para detetar o vírus da Covid-19, a um custo de 172 milhões de dólares (161 milhões de euros), dos quais cerca de 35 milhões de dólares (32,8 milhões de euros) foram em subornos.

Nos últimos meses, as autoridades vietnamitas detiveram vários funcionários de centros provinciais de controlo de doenças devido a este escândalo e no âmbito de uma campanha anticorrupção do Governo.

A expulsão das fileiras partidárias do ministro e do autarca permite que sejam formalmente acusados de corrupção e alvo de um processo criminal, avançou o canal Radio Free Asia.

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