Tudo indica que 2023 vai ser um ano mais animado para o Campeonato do Mundo de Resistência (WEC) e, sobretudo, para a sua prova mais emblemática, as 24 Horas de Le Mans. A nova regulamentação (estreada em 2021) coloca os Hypercar híbridos como os modelos mais competitivos em pista, com o objectivo de reduzir custos e atrair mais construtores. Depois de apenas a Toyota se ter feito representar nos Hypercar híbridos nos dois primeiros anos, tudo indica que em 2023 a competição vai aquecer, a bem do espectáculo.

A Toyota, construtor que venceu as últimas cinco edições das 24 Horas de Le Mans, vai bater-se com a BMW, entre outras, com o construtor de Munique a ter apresentado já o carro com que irá participar no próximo ano. O denominado BMW Hypercar Hybrid V8 exibe uma solução estética similar à de outros modelos das provas de resistência, excepção feita para a frente com a grelha de proporções generosas, como tem sido frequente nos modelos de estrada mais recentes da marca.

Os alemães não avançaram grandes pormenores sobre o carro que conceberam para o WEC, além de facto de estar de acordo com as especificações dos Hypercar e de ser híbrido. Isto significa que, à semelhança do Toyota GR010 Hybrid V6, também ele está em conformidade com o regulamento do WEC e da IMSA, a categoria norte-americana, o que significa que pode competir em ambos os campeonatos.

O motor principal do BMW é um 4.0 V8 biturbo, contra o 3.5 V6 biturbo do construtor japonês, cuja potência deverá rondar os mesmos 680 cv, que depois são reforçados por um motor eléctrico com 272 cv, instalado à frente e alimentado por uma pequena bateria. O chassi do BMW Hypercar Hybrid V8 foi concebido e produzido pela Dallara, enquanto a Bosch e a Williams Advanced Engineering (que desenvolveu os primeiros Fórmula E) asseguram a parte híbrida, do motor eléctrico à bateria, passando pela gestão de energia.

Além da Toyota e da BMW, o WEC 2023 vai contar com a Peugeot, a Ferrari, a Cadillac e a Porsche. Em 2024, juntar-se-ão ao WEC os construtores Alpine e Lamborghini, não sendo impossível que também a Honda, que vai competir no IMSA, atravesse o Atlântico, especialmente para tentar a sua sorte em Le Mans.

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