Em entrevista à estação de televisão norte-americana MSNBC, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse que não é possível “chamar refém” à jogadora norte-americana de basquetebol Brittney Griner. A jogadora da WNBA está detida na Rússia desde fevereiro, por alegadamente ter entrada no país com óleo de canábis.

A jogadora da WNBA deslocou-se à Rússia em fevereiro, com ações para promover a modalidade no país. De acordo com as autoridades russas, foram encontrados na bagagem da norte-americana cartuxos de “vaping”, que teriam óleo de canábis. Esta versão é contestada pela esposa da jogadora de basquetebol, Cherelle Griner, que veio a público afirmar que a mulher foi usada como um peão político.

“A Rússia não é o único país do mundo a ter leis rígidas nesse sentido (…) é a lei. Não podemos fazer nada sobre isso”, afirmou Peskov durante a entrevista, quando questionado sobre o assunto. O porta-voz do Kremlin disse também que “discorda fortemente” da teoria de que Griner esteja a ser mantida como refém.

“Não lhe podemos chamar refém. Porque lhe chamaríamos refém?”, avançou. “Violou a lei russa e agora está a ser julgada. Não está a ser feita refém.”

Na semana passada, o tribunal de Khimi, que tem em mãos o a acusação da jogadora da WNBA, adiou novamente o julgamento da desportista. A agência russa TASS avançou que Griner vai continuar detida até pelo menos dia 2 de julho. A atleta, de 31 anos, pode enfrentar até dez anos de prisão na Rússia caso seja considerada culpada.

Professor americano e ex-diplomata condenado a 14 anos de prisão na Rússia por transportar canábis

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