O Governo de Macau admitiu esta sexta-feira a possibilidade de uma terceira ronda de testes à população, na sequência do surto de Covid-19 que antecipou o final do ano letivo e suspendeu total ou parcialmente serviços e comércios.
“É com grande probabilidade que vamos fazer uma nova ronda de testes para atingir a política de zero casos”, disse o diretor dos Serviços de Saúde de Macau, Alvis Lo, durante a conferência de imprensa diária sobre a situação da Covid-19 no território.
Macau decretou no domingo o estado de prevenção imediata, na sequência do pior surto desde o início da pandemia, no qual foram detetados 170 casos.
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Na quinta-feira, teve início um teste geral à população, que decorre até às 23h59 (16h59 de Lisboa), depois de no início da semana cerca de 677 mil pessoas se terem deslocado aos 53 postos disponíveis para uma primeira testagem.
Nesta segunda avaliação, disse Lo, “foram recolhidas até às 15h00 [08h00 de Lisboa] 567.462 amostras, ou seja 84% do público-alvo”.
Entretanto, na quarta-feira foi pedido também aos residentes de Macau que realizassem um teste antigénio em casa. À população foram entregues até à data cinco ‘kits’ de testes rápidos.
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Na sequência do novo surto, as autoridades locais anteciparam o encerramento do ano escolar, além de declararem a suspensão da atividade de todos os espaços de diversão e dos restaurantes, permitindo apenas o serviço de “takeaway“.
Em Macau estão suspensos também os serviços públicos, a atividade dos museus e dos equipamentos sociais que prestam serviços diurnos (creches, centros de cuidados especiais e centros comunitários) e as visitas a lares de idosos.
Macau definiu áreas de confinamento, tendo delimitados neste momento cinco edifícios da cidade de onde não é permitida a saída dos residentes. A par destas zonas vermelhas, foram criadas zonas amarelas em prédios adjacentes, com medidas de controlo menos restritivas.
Desde o início da pandemia, o território registou um total de 125 infeções, zero mortes e 332 assintomáticos.
À semelhança do interior da China, a região segue uma política de “zero casos”, em que os assintomáticos não entram para as contas oficiais do Governo, apesar de serem igualmente obrigados a cumprir as medidas de isolamento.