“Hoje é um dia sombrio“. O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já reagiu à revogação do aborto pelo Supremo Tribunal, que esta sexta-feira retirou “um direito fundamental” às norte-americanas. “Isto abre um caminho perigoso.”
Supremo Tribunal dos Estados Unidos acaba com o direito constitucional ao aborto no país
A proibição do direito ao aborto é um “erro trágico” e é o resultado de uma “ideologia extremista”. Com esta decisão — que é “o culminar de esforços deliberados de décadas” — sobre uma matéria que exige “um equilíbrio muito delicado” sobre o poder da mulher controlar o seu destino — feita por juízes apoiados por Presidentes republicanos (tais como, Nixon e Trump) — torna-se “claro” que a saúde e a vida das mulheres passam a estar em risco.
“As crianças e as mulheres vão, muitas vezes, à luz o filhos de quem as violou“, vincou, na conferência de imprensa. As mulheres pobres vão sofrer “mais cruelmente”.
“Elejam oficiais que protejam os vossos direitos”, sublinhou, numa alusão às legislativas intercalares que se preveem difíceis para os democratas, campo político de Biden, que vão ocorrer em outubro — reforçando que o direito à privacidade e à igualdade vão às urnas.
Este Outono, têm de eleger mais senadores e representantes que voltem a codificar o direito de escolha na lei federal. Este Outono, Roe vai a votos. As liberdades pessoais vão a votos. O direito à privacidade, à liberdade e à igualdade – tudo isto irá a votos.”
Até lá, vai fazer “tudo” para proteger as mulheres, já que a saúde e segurança das mesmas “está em causa”. “Os políticos não podem interferir numa decisão que tem de ser feita pela mulher e pelo seu médico”, reforçou.
Alertou, ainda, que a decisão sobre o aborto poderá afetar o direito à contraceção e ao casamento homossexual
Pediu, por fim, que os protestos sejam “pacíficos”, sem intimidações. “A violência nunca será a resposta.” E promoteu: “Isto não acabou”.
