O G7 quer avançar com um programa de investimentos para países em desenvolvimento e mobilizar 600 mil milhões de dólares (568,50 mil milhões de euros), em resposta aos imensos projetos financiados pela China, anunciou este domingo o Presidente norte-americano.

“Com parceiros do G7, pretendemos mobilizar 600 mil milhões de dólares até 2027 para investimentos globais em infraestruturas”, disse a Casa Branca pouco antes do discurso de Joe Biden na apresentação da proposta à cimeira dos sete países mais industrializados do mundo, que está a decorrer no sul da Alemanha.

O fundo tem como objetivo impulsionar a ajuda prestada a alguns países em desenvolvimento, de modo a fortalecer a economia global e a cadeias de abastecimentos de todo o globo. Além disso, surge como resposta aos planos de investimentos chineses em algumas regiões, como África ou a América Latina. Numa altura em que a comunidade internacional olha com atenção para a questão de Taiwan e para um possível auxílio chinês à Rússia, o G7 almeja contrabalançar a influência de Pequim naquelas regiões. 

Há já, pelo menos, dois projetos confirmados. Um deles passa por um investimento na área da energia solar em Angola no valor de dois mil milhões de dólares e outro providenciará 3,3 mil milhões de dólares a uma fábrica de vacinas no Senegal.

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Na cimeira do G7, o chanceler alemão, Olaf Scholz, manifestou a “preocupação compartilhada” pelo G7 face à situação económica global, sobretudo por causa da subida da inflação e da crise energética, efeitos da guerra na Ucrânia.

“Partilhamos desta preocupação“, disse após a primeira sessão dos líderes do G7, mas também sublinhou “a confiança” de que os líderes do grupo saberiam lançar dali “a mensagem necessária de coesão” face à situação criada pela “brutal agressão” lançada pelo Presidente russo Vladimir Putin contra a Ucrânia.

Scholz, como anfitrião da cimeira do G7, explicou que, durante a primeira sessão do encontro, a reunião de este domingo, os líderes dos países mais ricos (Alemanha, Estados Unidos, Itália, França, Japão, Canadá e Reino Unido), debateram questões relacionadas com a economia global e destacaram a necessidade de coordenar a sua ação em relação aos mercados de energia.