A Câmara Municipal de Mariupol, na Ucrânia, denunciou este sábado que há mais de dez mil residentes daquela cidade tomada pelas forças russas que estão presos na autoproclamada República Popular de Donetsk.

“Civis pacíficos foram detidos pelos ocupantes e enviados para locais de detenção. Há conhecimento de quatro destas prisões: duas em Olenivka, o centro de detenção de Donetsk e de Makiivka”, afirmaram as autoridades locais numa mensagem na rede social Telegram e divulgada pelas agências Ukrinform e Unian.

A mesma fonte referiu que os reclusos estão “em condições terríveis e inumanas, como num campo de concentração, presos em celas estreitas de dois por três metros com dez pessoas”.

De acordo com a Câmara de Mariupol, os detidos apenas recebem água e comida e não têm saídas ao exterior nem acesso a cuidados médicos.

“São submetidos a diversas formas de tortura, desde psicológica a física”, frisou.

O presidente da Câmara de Mariupol, Vadim Boychenko, fez um apelo à Cruz Vermelha e às Nações Unidas para prestarem atenção “às detenções ilegais de civis na cidade” e para usarem “todos os recursos possíveis para obter listas de prisioneiros”.

Na mesma comunicação, o autarca defendeu que estas organizações internacionais devem trabalhar para garantir que as condições dos reclusos sejam “dignificadas”.

“Temos de trabalhar juntos para a libertação de todos os residentes de Mariupol”, acrescentou.

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