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Se a empresa não muda, mudo eu

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Trabalho remoto, horários flexíveis, mais oportunidades de evolução na carreira e valorização - as empresas que não se adaptarem à nova cultura organizacional correm o risco de perder os seus talento

The Great Resignation (A Grande Demissão). Já ouviu falar? O termo surgiu em maio de 2021 para descrever um fenómeno de despedimentos em massa nos Estados Unidos. De acordo com o U.S. Bureau of Labor Statistics, mais de 47 milhões de norte-americanos pediram a demissão dos seus trabalhos neste ano. Anthony Klotz, psicólogo organizacional e autor da expressão, defende que a pandemia fez com que muitas pessoas reavaliassem a sua vida e começassem a privilegiar outros benefícios laborais, além do salário. Para tentar contrariar esta tendência e reter talentos, algumas empresas, nos Estados Unidos, procuraram ir ao encontro das necessidades dos seus trabalhadores e ofereceram condições que melhorassem o bem-estar não só ao nível da saúde física e mental como também mais flexibilidade laboral.

Segundo o relatório Global Talent Trends 2022 do Linkedin, 63% das pessoas que estão à procura de trabalho definem o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal como uma prioridade. Um inquérito realizado pelo Pew Research Center demonstra que o salário e outros benefícios financeiros, assim como a cultura organizacional também estão no topo das escolhas. Em contrapartida, salários baixos, falta de evolução na carreira ou sentirem-se desrespeitados no local de trabalho foram os motivos que mais levaram os trabalhadores a pedir a demissão, em 2021. Apesar desta tendência não ser tão sentida em Portugal, serve de alerta para as empresas que ainda não estão a dar prioridade às necessidades dos trabalhadores. E como poderão fazê-lo? Damos-lhe algumas sugestões:

1. Atração e retenção de talentos

Para atrair os melhores, naturalmente, é importante oferecer um bom salário. Mas já não chega. É preciso também dar benefícios que tenham reflexo na saúde física e mental dos colaboradores. Há empresas que criaram centros de bem-estar e outras que incentivam o desenvolvimento pessoal. Além disto, os colaboradores mais sofisticados procuram, cada vez mais, um propósito: sentirem que fazem parte de um todo, que aquela empresa, aquele negócio acrescenta algo à vida deles.

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2. Equilíbrio vida pessoal e profissional

O chamado work-life balance entra cada vez mais no léxico das empresas e é uma exigência dos colaboradores. Segundo um estudo divulgado pela CEMS, -um grupo composto por 30 universidades e escolas de gestão – 23% dos inquiridos, em Portugal, coloca este equilíbrio no topo das prioridades quando procura emprego, logo a seguir ao salário e outros benefícios. Já a nível mundial, os dois critérios são igualmente importantes e assumem a mesma percentagem.

3. Diversidade e igualdade de oportunidades

As empresas que estão na vanguarda da liderança não só respeitam a diferença como a valorizam. Num mundo cada vez mais global, é imprescindível romper com qualquer tipo de estereótipos: sejam de género, idade, nacionalidade, etnia, opção sexual, condição física, social, etc. Uma empresa inclusiva deve mesmo promover este tipo de ambiente no local de trabalho para que todos se sintam acolhidos e integrados e contribuam para o futuro da organização.

4. Upskilling

Esta expressão é utilizada para descrever a aposta nas pessoas e na melhoria das suas competências. Na prática, conhecer bem cada colaborador e estar atento à realidade de cada um. Depois, aproveitar as suas mais-valias, dar-lhes margem para crescer, oportunidades de carreira e autonomia. A aposta nas pessoas tem sempre o melhor retorno: para elas e para a empresa.

5. Flexibilizar tudo o que for possível

O trabalho remoto veio para ficar e as empresas que não se adaptarem correm o risco de perder talentos. Por isso, sempre que possível permita que os seus colaboradores tenham autonomia suficiente para trabalhar à distância – em casa ou onde quer que estejam – e nos horários que lhes forem mais convenientes. Tenha em atenção também a quantidade e a duração, por vezes, excessiva das reuniões. Se o objetivo for, apenas, controlar o trabalho dos seus funcionários, talvez seja altura de repensar a sua cultura organizacional.

Se é daqueles que pensa que só no estrangeiro é que há boas condições de trabalho, engana-se. Em Portugal, existem bons exemplos que até são distinguidos como “os melhores lugares para trabalhar”. Presente em cerca de 100 países, a Great Place to Work é uma referência internacional na área da pesquisa e consultoria e chegou a Portugal há 20 anos. Através de um questionário, feito de forma anónima aos colaboradores, e uma auditoria realizada à cultura da empresa e às práticas de gestão de pessoas, são elaborados vários rankings, em função do número de colaboradores. Em 2022, o Banco Credibom foi eleito uma das melhores empresas para trabalhar. E qual é a vantagem de receber esta distinção? Retenção de talentos, reputação e, claro, pessoas felizes são mais produtivas: ou seja, todos ganham.

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