A contratação para o estudo do transporte marítimo de mercadorias nos Açores foi lançada com o preço base de 70 mil euros e prazo de execução de cerca de oito meses, revelou esta segunda-feira o Governo Regional.
Numa nota de imprensa divulgada no portal oficial, a Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas refere que o estudo pretende “servir melhor cada uma” das nove ilhas do arquipélago.
O procedimento de ajuste direto tem em vista a aquisição de serviços de Elaboração de Estudo sobre o Transporte Marítimo de Mercadorias na Região Autónoma dos Açores.
Foi definido um prazo de execução de 240 dias (cerca de oito meses) e foram “convidadas empresas especializadas na área dos transportes marítimos”, indica o Governo, de coligação PSD/CDS-PP/PPM.
Pretendemos trabalhar para a criação sustentada de um verdadeiro mercado interno, que potencie a nossa coesão interna e o desenvolvimento da economia local das nove ilhas de forma harmonizada, e este estudo é um passo determinante em todo o processo”, explicou a secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, citada no comunicado.
A governante revelou em maio que o executivo deixou cair o projeto de um navio para transporte de passageiros, mas vai estudar o transporte marítimo de mercadorias.
Berta Cabral tinha dito que, em junho, o Governo ia avançar com um estudo para o transporte de mercadorias interilhas, tendo em vista “a construção de um verdadeiro mercado interno”.
No concurso, cujo caderno de encargos estava, então, a ser ultimado, previa-se um “preço idêntico para todas as ilhas” e uma articulação da cabotagem “com os operadores locais”, indicou a secretária regional no plenário de maio.
Berta Cabral salientou que o novo estudo para os transportes marítimos “tem obrigações de serviço público“.
A secretária Regional indicou ainda que “o Governo está recetivo para melhorar o sistema e alterar o sistema para as ilhas que não estão bem servidas”.
Berta Cabral respondia a questões do deputado único da Iniciativa Liberal, Nuno Barata, e do deputado José Ávila, do PS, para quem é “um erro tremendo assentar a mobilidade da região apenas no transporte aéreo”.