O novo secretário-geral da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) assume que a Rússia enquanto membro da OPEP+ (que tem os aliados do cartel) é vital para o sucesso do acordo, declarou Haitham al-Ghais, numa entrevista ao jornal Alrai do Kuwait, citada pela Reuters.
A OPEP, disse ainda, não está a concorrer com a Rússia, que considera como “um grande, dos maiores e muito influente protagonista no mapa mundial de energia”.
Al-Ghais vai liderar a sua primeira reunião entre os membros da OPEP+, a 3 de agosto, na qual se discutirá se o grupo manterá a produção inalterada para setembro, apesar dos apelos dos Estados Unidos para que aumentem o débito. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) concordou em aumentar a produção de petróleo em 648 mil barris diários em julho e agosto, acima do anterior aumento de 432 mil barris por dia.
Ao Alrai, o responsável declara que a “OPEP não controla os preços do petróleo, mas atua no sentido de afinar os mercados em termos de oferta e procura”, declarou, descrevendo o atual momento do mercado de petróleo como “muito volátil e turbulento”. E diz que as recentes subidas de preços “não estão relacionadas com os desenvolvimentos entre a Rússia e a Ucrânia”, explicando que “os dados mostram que os preços começaram a subir gradual e de forma cumulativa antes do conflito, pela perceção no mercado de que havia uma limitada capacidade de produção”.
E é isto que vai comandar os preços, no entender deste responsável. “A meu ver, o fator mais importante [para os preços] será a falta de investimento na perfuração, exploração e produção”.
A OPEP+ é a aliança dos países da OPEP e os aliados liderados pela Rússia. Em 2017, dez exportadores alinharam com a OPEP, sem que tenham passado a ser membros oficiais. E assim se formou a OPEP+.
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O brent, em Londres, está a negociar nos 103 dólares. O WTI, crude negociado em Nova Iorque, está abaixo dos 100 dólares.