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A líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA classificou esta sexta-feira como “ridículo” que a sua visita a Taiwan possa prejudicar a ilha e assegurou que o objetivo é manter o status quo internacional.
“A nossa delegação não procura alterar o status quo na Ásia ou Taiwan”, disse Nancy Pelosi, durante uma conferência de imprensa na embaixada dos EUA na capital japonesa, Tóquio, a última paragem numa digressão asiática que também a levou esta semana a Singapura, Malásia e Coreia do Sul, democracias que procurou “celebrar” com a viagem.
“Isso é ridículo”, disse Pelosi quando questionada sobre críticas de que a sua visita a Taiwan teria feito mais mal do que bem para o território, ao desencadear maciços exercícios militares chineses em redor da ilha e retaliação económica.
A veterana política norte-americana disse que a China utilizou simplesmente a visita “como desculpa” para uma demonstração de força, e afirmou que a intenção da viagem era sempre “mostrar respeito para com os países” visitados, “ter paz no Estreito de Taiwan” e “fazer prevalecer o atual ‘status quo'”.
Pelosi disse que, apesar do compromisso da Administração dos EUA em manter a ordem internacional tal como está, “os chineses estão a tentar isolar Taiwan” e vetar a participação da ilha em organismos globais e capacidade de receber e conduzir visitas oficiais: “Mas não isolarão Taiwan impedindo-nos de viajar para lá”, concluiu.
Não permitiremos que isolem Taiwan. Não programam a nossa agenda de viagens, o Governo chinês não fará isso. A nossa amizade com Taiwan é forte”, disse Pelosi, que apelou à continuidade das visitas e relações com a ilha.
A visita da democrata a Taiwan ensombrou grande parte da agenda da digressão asiática, algo com o qual Pelosi não está satisfeita.
“Não quero que a visita a Taiwan desvie a atenção do nosso verdadeiro objetivo”, disse Pelosi, que é o de fazer avançar ainda mais as relações de Washington com os seus aliados na região, explicou.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, “tem dado uma enorme atenção ao Indo-Pacífico, que é muito importante em muitas áreas, tais como segurança, economia e governabilidade”, acrescentou.
Pelosi liderou uma delegação composta por outros representantes do Congresso dos EUA, incluindo membros de comissões que vão desde os negócios estrangeiros e forças armadas à política económica.