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Jornalista russa detida no Kosovo por suspeita de espionagem

Este artigo tem mais de 2 anos

Ministro do interior do Kosovo acusa Daria Aslamova de a agir "como espiã dos serviços militares secretos da Rússia" e divulgar propaganda a favor da ocupação russa durante a guerra na Ucrânia.

epa07228157 Members of the Kosovo Security Force (KSF) rise the Kosovo national flag before a field training at 'New Born' camp in the town of Gjilan, Kosovo, 13 December 2018.  The 120 seat parliament of the Republic of Kosovo is expected to vote for the laws to transform the Security Forces into an official army during the plenary session on 14 December. Parliament in Kosovo, which relies on NATO troops for its protection, voted on 18 October 2018 to set up a 5,000-strong national army though its Serb minority said the move was illegal.  EPA/STRINGER
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Mais de uma centena de países reconheceram a independência do Kosovo proclamada em 2008, incluindo a maioria dos países da União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido, mas não a Rússia, a China, a Espanha ou o Brasil

STRINGER/EPA

Mais de uma centena de países reconheceram a independência do Kosovo proclamada em 2008, incluindo a maioria dos países da União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido, mas não a Rússia, a China, a Espanha ou o Brasil

STRINGER/EPA

Uma jornalista russa, Daria Aslamova, foi detida no Kosovo por suspeita de espionagem, informou o ministro do Interior do Kosovo, Xhelal Svecla, numa mensagem divulgada no sábado à noite.

Numa declaração publicada na rede social Facebook, o ministro garantiu que vários países provaram que Aslamova agiu, nos seus territórios, como espiã dos serviços militares secretos da Rússia e destacou que a jornalista divulgou propaganda a favor da ocupação russa durante a guerra na Ucrânia.

Segundo Xhelal Svecla, a jornalista tentou entrar no Kosovo uma semana depois das tensões “causadas pelas estruturas criminosas” no norte do país, e no mesmo dia em que “as mesmas estruturas criminosas lideradas pelo Presidente sérvio Aleksandar Vucic” dispararam contra a polícia.

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Na semana passada, os sérvios bloquearam estradas no norte de Kosovo em protesto contra a tentativa das autoridades de forçá-los a usar cartas de condução e matrículas kosovares, em vez de sérvias, uma ação fortemente apoiada pela Rússia.

A coincidência entre a sua tentativa de entrar no país e o desenvolvimento da situação no norte mostra claramente a ligação à Rússia e à sua propaganda que visa, juntamente com a Sérvia, desestabilizar o nosso país”, disse Svecla.

As autoridades kosovares vão investigar minuciosamente as intenções de Aslamova no Kosovo, anunciou o ministro na mensagem publicada no Facebook, na qual publica fotos da jornalista a abraçar o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, e a sorrir ao Presidente sírio, Bashad al-Assad.

O ministro do Interior kosovar anunciou, na manhã deste domingo e também numa publicação na rede social Facebook, que declarou a jornalista Daria Aslamova como “pessoa indesejável na República do Kosovo“, estando “proibida de entrar no território durante cinco anos“.

“Quem, com certos propósitos ou diretivas, violar ou tentar desestabilizar o nosso país, enfrentará sem dúvida a força das leis da República do Kosovo”, acrescentou.

Desconhecidos dispararam no sábado contra uma patrulha policial kosovare — sem causar ferimentos — no norte de Kosovo, habitado principalmente por sérvios que não reconhecem as autoridades de Pristina.

Mais de uma centena de países reconheceram a independência do Kosovo proclamada em 2008, incluindo a maioria dos países da União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido, mas não a Rússia, a China, a Espanha ou o Brasil.

O país dividido desde a guerra civil (1992-1995) e com permanentes tensões entre os líderes bosníacos (muçulmanos), sérvios e croatas, os três povos constituintes reconhecidos pelo Acordo de Dayton, vai realizar eleições legislativas em 02 de outubro.

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