Fechar janelas. Evitar estender roupa na rua. Desligar as luzes dos espaços exteriores de estabelecimentos comerciais. E só aceitar reservas para jantar até às 21h00.
As medidas foram implementadas como forma de travar a praga de mosquitos que invadiu a localidade Orbetello, na região italiana da Toscana, e que atormenta os morados e turistas. Mas estas medidas pouco contribuíram para travar esta praga ou para impulsionar o comércio, gravemente afetado por este fenómeno.
Orbetello è sotto l'assedio di moscerini. Ad agosto i turisti, soprattutto romani, affollano l'Argentario, il piccolo comune toscano che sorge al centro della laguna, è invaso dai piccolissimi insetti. E c'è il rischio che l'invasione arrivi anche alhttps://t.co/HtRjz42mnv pic.twitter.com/WSdnLqH7of
— Etrurianews (@Etrurianews) August 9, 2022
Orbetello é conhecido pela sua lagoa de cerca de 27 quilómetros quadrados e longos caminhos junto à praia. Mas moradores e turistas pouco têm aproveitado estes passeios. “Há quase um mês é impossível caminhar pela lagoa. Agora, tornou-se impossível até mesmo jantar ou tomar um aperitivo ao ar livre”, contou ao jornal La Repubblica um italiano natural de Roma, que vive em Orbetello há vários anos.
Donos de restaurantes e bares queixam-se das consequências que esta praga está a ter para os seus negócios. “Temos de fechar duas horas mais cedo. Mesas livres e clientes a fugir: esta é a nossa temporada de verão 2022″, lamentou ao Corriere Della Sera o proprietário de um restaurente, Marco Di Pietro. “As receitas caíram 60% apesar destas medidas”, disse, acrescentando: “Milhares de mosquitos juntam-se em redor das lâmpadas e voam como uma onda perturbadora entre as mesas ao ar livre. Um horror psicológico“.
Orbetello invasa dai moscerini, l'allarme di turisti e cittadini. E c'è il rischio che arrivino a Roma https://t.co/wweA8urHJA
— Repubblica Roma (@rep_roma) August 8, 2022
De acordo com os jornais italianos, esta praga estará relacionada com a lagoa, nomeadamente com as altas temperaturas que se fazem sentir e que reduziram a presença de predadores naturais dos mosquitos, como sapos, morcegos e várias aves. Os moradores acusam também a autarquia de não ter feito a habitual desinfestação, na altura da primavera. Em vez disso, têm vindo a ser feitas nas últimas semanas alguns procedimentos de controlo de pragas — mas não se mostram suficientes. Há até o risco que os mosquitos cheguem ao sul do país e afetem a capital.