Um homem foi condenado, por um tribunal de Valência, Espanha, a dois anos de prisão pelo crime de fraude depois de levar a namorada a acreditar que era um jogador de futebol para extorquir dinheiro à vítima.
O caso remonta a 2017 quando o casal se conheceu numa rede social e, após a troca de várias mensagens, começou um relacionamento amoroso. O homem, que morava em Las Palmas, rapidamente se mudou para a casa da namorada num município de Valência, revela o El Español.
Entre julho e setembro de 2017, o homem disse que tinha negócios em Marbella, que morava numa urbanização de luxo, que era jogador de futebol profissional no Levante Unión Deportiva e que tinha contas bancárias com grandes quantias de dinheiro em Andorra e Espanha.
Para sustentar as mentiras, o suspeito entregou à vítima uma cópia de um documento falso intitulado “acordo de futebol profissional com o Levante UD” — que continha os seus dados pessoais e um recibo bancário (também falso) com saldo superior a 96 mil euros.
O homem pediu à companheira dinheiro com a desculpa de que tinha falta de liquidez por ter poupanças a prazo em bancos. A vítima deu-lhe 7.500 euros divididos em várias quantias e o suspeito disse que os iria restituir assim que possível.
Com o tempo, de acordo com o diário Olé, a vítima começou a perceber que esse valor jamais seria devolvido e decidiu apresentar queixa contra o suspeito. Agora, esta semana, o falso futebolista foi condenado a dois anos de prisão e terá de indemnizar a vítima, que foi sua namorada durante vários meses em 2017, no referido montante. A sentença absolveu-o do crime de falsificação de um documento, uma vez que não foi comprovada pela justiça a sua prática.
O tribunal de Valência considerou também, na sentença, que o arguido enganou a vítima desde o início porque quando entrou em contacto com ela mostrou logo interesse pela sua situação financeira — já com o intuito de lhe vir a pedir dinheiro.
A justiça espanhola acrescentou ainda, segundo o El Español, que os esquemas montados pelo falso futebolista induziram a vítima em erro e que esta não só “acreditou na relação” que mantinham como também na “sua capacidade económica” para lhe devolver o montante que lhe havia emprestado.
A sentença imposta ao suspeito não é definitiva e o mesmo pode recorrer para o Tribunal Superior da Justiça da Comunidade Valenciana, escreve a imprensa espanhola.