O projeto EcoEconomy 4.0 procurou apoiar PME das regiões Norte, Centro e Alentejo a fazer uma transição justa, informada e inclusiva nas áreas da Descarbonização/Transição Energética e Economia Circular.
O objetivo principal do EcoEconomy 4.0 foi estimular e sensibilizar estas empresas a adotar práticas inovadoras e sustentáveis de Economia Circular e Descarbonização/Transição Energética, com recurso às tecnologias digitais da Indústria 4.0, tendo em vista contrariar custos elevados e aumentar a resiliência dos modelos de negócio face aos riscos climáticos atuais e futuros.
Promovido pela AEP, entre abril de 2021 a agosto deste ano, o projeto EcoEconomy 4.0 foi cofinanciado pelo Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, através do Portugal 2020 e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
16 Meses de iniciativas regulares
Ao longo de 16 meses o projeto promoveu várias iniciativas para ajudar as mais de 600 empresas envolvidas – grande parte das quais nos setores da indústria e serviços – a cumprirem as metas ambientais traçadas. Estas iniciativas consistiram em atividades na área da inteligência estratégica, na criação de ferramentas de suporte ao aprofundamento da Economia Circular e da Transição Energética e na dinamização de ações de formação e ativação de boas práticas.
As ferramentas de autodiagnóstico permitiram às empresas envolvidas aferir o seu grau de adoção de práticas de Descarbonização/Transição Energética e de Economia Circular, capitalizar o conhecimento e práticas já existentes, estruturar a informação e criar planos de ação concretos para a sua melhoria contínua nestas temáticas.
Resultados visíveis
Os efeitos das iniciativas são já visíveis. Apesar de algumas boas práticas já estarem a ser aplicadas pelas empresas participantes – quer por imposição regulatória, quer por iniciativa própria -, as atividades de dinamização e informação lançadas no âmbito do EcoEconomy 4.0 levaram a que as empresas destas três regiões portuguesas dessem início a um processo de reflexão sobre os passos futuros.
As ações de divulgação dos resultados do projeto ao longo do seu período de atuação contribuíram igualmente para uma sensibilização do universo empresarial e de outros stakeholders, motivando-os a aderir aos “outputs” gerados e às ferramentas de avaliação de maturidade das PME no que diz respeito à Descarbonização/Transição Energética e Economia Circular.
No balanço feito no final do projeto é ainda de assinalar o bom acolhimento no Norte do país, explicado pelo facto de se tratar de uma região fortemente industrializada. Já no Alentejo, a dimensão mais reduzida das empresas e o menor peso que a indústria ali ocupa, poderá explicar uma maior dificuldade de envolvimento do tecido empresarial local.
Diagnóstico e passos futuros
No que diz respeito à situação atual e necessidades das PME ao nível de sustentabilidade ambiental, para a AEP as conclusões são claras: é necessário dar, através do lançamento de ações de eficiência empresarial coletiva, uma atenção especial às PME através de políticas públicas adequadas, de instrumentos de apoio customizados e de uma maior capacitação.
A importância de um acesso facilitado das PME a instrumentos de financiamento que promovam a transição económica e energética, com vista ao desenvolvimento sustentável, revela-se igualmente imprescindível. A isto, juntam-se outras áreas prioritárias de atuação identificadas pelo projeto: a gestão e reaproveitamento de resíduos e o acesso a matérias-primas secundárias e a energia renovável.
Para além disso, considerando que a maior parte das soluções de Economia Circular e até de Descarbonização exigem cooperação e iniciativas coletivas, é fundamental o envolvimento das associações empresariais, dos “clusters” e dos centros tecnológicos, entre outros. As PME beneficiariam também de uma colaboração com as grandes empresas pois individualmente podem não possuir massa crítica e capacidade para desenvolver ou implementar essas soluções, dada a sua dimensão
De acordo com Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, “o projeto EcoEconomy 4.0 deixa um contributo importante para o futuro, materializado num “roadmap” coletivo de ações para o aprofundamento dos domínios temáticos da Economia Circular e da Descarbonização/Transição Energética nas PME e exemplos de tecnologias da Indústria 4.0 potenciadoras dessa atuação. Nestes “roadmaps” são propostas iniciativas dirigidas às PME, em complementaridade e em reforço das políticas e ações públicas em implementação ou em programação para o futuro.”
2 Ferramentas Gratuitas para ajudar a sua PME
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Poderá utilizar de forma gratuita as ferramentas de autodiagnóstico do grau de adoção de práticas de Economia Circular e de Descarbonização.
Ferramenta de Diagnóstico de Economia Circular
Ferramenta de autodiagnóstico online, que lhe permite aferir o grau de adoção de práticas de economia circular da sua empresa. Através desta ferramenta, poderá verificar em que ponto a sua empresa se encontra ao nível dos requisitos da economia circular e identificar práticas de circularidade que permitirão à empresa melhorar o seu grau de maturidade.
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