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O luxuoso iate “Axioma”, do oligarca russo Dmitry A. Pumpyansky, foi apreendido em Gibraltar em março deste ano. Cinco meses depois, será agora leiloado para pagar a dívida do seu proprietário ao banco norte-americano JP Morgan — e não para compensar a Ucrânia, como tem sido pedido por vários aliados de Kiev, como o Reino Unido.

Segundo o El País, o mais certo é que não se fique a saber quem comprou o iate nem por quanto, a menos que o comprador queira torná-lo público. O montante de venda deverá, no entanto, ser superior aos mais de 20 milhões de dólares (mais de 20 milhões de euros) que o magnata russo, aliado de Vladimir Putin, deve ao banco norte-americano. O iate já chegou a ser avaliado em 65 milhões de libras (quase 77 milhões de euros).

Iate de oligarca russo de 68 milhões de euros apreendido em Gibraltar

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Os interessados foram chamados a apresentar propostas até esta terça-feira. As regras ditam que quando o vencedor apresentar a documentação necessária, terá de depositar 10% da caução no prazo de três dias e depois remeter os restantes 90%, “mais o pagamento extra pelo combustível”.

O iate de luxo — de 72 metros, com piscina, jacuzzi, spa ou cinema 3D, e ainda com uma tripulação a bordo — estava disponível para aluguer a um custo de até 549 mil euros por semana. Estava detido desde 21 de março, depois de o governo de Gibraltar ter decidido abrir uma exceção para o deixar passar, devido ao “interesse dos credores com reclamações legítimas” contra o iate.

Pumpyansky faz parte da lista de cidadãos sancionados pela União Europeia, o Reino Unido e os EUA. É dono e presidente da empresa metalúrgica OAO TMK, que fornece a Gazprom, e tem um fortuna avaliada em 2,4 mil milhões de dólares, de acordo com estimativas da Forbes, citadas pelo jornal espanhol.

O dinheiro da licitação não será usado para ajudar a Ucrânia, como tem sido pedido por governos aliados de Kiev, como o Reino Unido. De acordo com o El País, assim que receber o dinheiro, o Supremo de Gibraltar vai determinar as prioridades de cobrança dos credores, o que inclui o reembolso dos mais de 20 milhões de dólares que o JP Morgan tinha emprestado a uma empresa que tinha como principal acionista uma outra empresa detida por Dmitry Pumpyansky.

O navio terá chegado a Gibraltar desde Antígua e Barbuda, nas Caraíbas, apontado como um alegado paraíso fiscal.