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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu esta terça-feira que a introdução de restrições de vistos para os russos pelo Ocidente será “um elemento de pressão” contra Moscovo, durante a receção a uma delegação bipartidária do Congresso norte-americano.

No encontro com os senadores norte-americanos Rob Portman (republicano) e Amy Klobuchar (democrata), Zelensky adiantou que discutiu o “desenvolvimento da situação na frente” do conflito com a Rússia, mas também voltou a deixar um apelo aos países ocidentais.

Para Volodymyr Zelensky, a “política de sanções contra o país agressor deve ser intensificada”.

Um dos elementos dessa pressão deve ser a introdução de restrições de visto para os cidadãos da Federação Russa. Para que os russos sintam as consequências do seu próprio apoio à agressão contra o nosso país”, salientou o governante, numa publicação divulgada na rede social Telegram.

A questão dos vistos tem surgido na ordem do dia na “rentrée” política comunitária, face aos pedidos do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mas também de vários países membros da UE, designadamente os Bálticos, no sentido de uma proibição de concessão de vistos a cidadãos russos.

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Moscovo já garantiu que irá retaliar se a União Europeia (UE) decidir suspender os vistos para cidadãos russos em resposta à ofensiva militar de Moscovo na Ucrânia, acusando os europeus de irracionalidade “próxima da loucura”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, considera que, no atual contexto da agressão militar russa à Ucrânia, a UE não deve ter um acordo de facilitação de vistos com Moscovo, discordando, todavia, de uma proibição total.

Os 26 países do espaço Schengen (22 Estados da UE, mais a Noruega, Islândia, Suíça e Liechtenstein) receberam em 2021 três milhões de pedidos de vistos de curta duração de todas as categorias (turismo, estudos, viagens de negócios), com os cidadãos russos a liderarem, com 536.000 pedidos.

Após o encontro com os senadores norte-americanos, Zelensky agradeceu também a assistência militar fornecida pelos Estados Unidos à Ucrânia, apelando para que esta seja “mantida e aumentada”.

“Isso é importante para a vitória da Ucrânia”, defendeu, referindo que o apoio bipartidário do Congresso norte-americano é “extremamente valioso” para o seu país.